Agosto é chance de curtir a Festa da Rapadura e conhecer história

Foto: Arquivo.

Serão dois dias (16 e 17 de agosto) de música, dança, feira gastronômica, comida típica e claro, muita rapadura.

A comunidade quilombola de Furnas do Dionísio já se prepara para abrir as portas e o coração para o tradicional Festival da Rapadura. Este ano é a 11ª edição do evento que celebra a cultura e a ancestralidade do povo quilombola. Serão dois dias (16 e 17 de agosto) de música, dança, feira gastronômica, comida típica e claro, muita rapadura. A festa será realizada na Associação de Pequenos Produtores, a 45 quilômetros da Capital. A entrada é gratuita.

A programação começa na n sábado (16), a partir das 19h, com Pé de Cedro, Gersão e Banda, além do cantor Felipe Santos, garantindo uma noite para ninguém ficar parado.  No domingo (17), o palco recebe, a partir das 10h30 Wilson Alessandro, o grupo Eco do Pantanal e o Sarará Kriolo.

No domingo também é dia de almoço no local com arroz branco, arroz com guariroba, feijão, churrasco, macarrão com linguiça caipira, farofa quilombola e salada. Para adoçar, o festival mantém a tradição com barracas de comida típica e uma feira gastronômica.

Como é feita a rapadura – Na comunidade quilombola, fazer rapadura é mais do que uma tarefa, é um ritual que carrega histórias, força e união. Tudo começa na colheita da cana-de-açúcar, que logo será transformada no caldo doce , a famosa garapa.

A garapa vai para o tachão grande, onde o fogo começa a trabalhar. Nessa hora é o momento de mexer sem parar, para que o caldo não queime, enquanto a água vai evaporando e o líquido ganha cor de mel escuro. A fervura é longa, cansativa, mas quem faz sabe que o segredo está na paciência.

Para saber se a rapadura chegou no ponto desejado basta  jogar uma uma gota do caldo em água fria. O teste deve formar uma bolinha macia. Fora do fogo, é a hora mais intensa. Com uma pá ou colher, a massa é batida com força, incorporando ar, deixando a rapadura mais leve e cremosa.

Finalmente, a massa quente é despejada em formas, onde vai endurecer, ganhando corpo e textura.

Fonte: Campograndenews