11/05/2014 07h
A canção fez sucesso na voz do saudoso Hiran Garcete
Divulgação (TP)
La vinha correndo aquele “gurizinho”, pulando e balbuciando no interior de São Paulo uma linda melodia ,que nem letra tinha ,mas já chamava atenção pela beleza do som, o tempo foi passando ele que nem sonhava ser juiz, formou-se em direto e veio assumir a magistratura no então Mato Grosso na década de 70,mais precisamente no ano de 1978,e ate o ano de 1998,em Ponta Porã onde se relacionou com as principais famílias da época ,conheceu também o dono do cartório o seu Olegário Campos de quem e amigo ate hoje.
Certo dia ao entoar a velha canção da infância já com uma letra,e que falava das peculiaridades de uma fronteira em que dois povos viviam em irmandade, um funcionário do Banco do Brasil resolveu dar harmonia para aquela canção,e que rapidamente passou a ser cantada pelos seresteiros da época ate chegar ao ouvido do Tenente maestro da Banda do Onze.
E assim os seresteiros fronteiriços cantaram, e um deles Hiran Garcete cantou, “Quem nasce em Ponta Porã fala o guarani, eu tive a felicidade de nascer aqui, quem nasce em Ponta Porã não tem orgulho e nem vaidade, o sol que brilha em outras terras brilha aqui também cheio de saudade, sou de ponta porá meu bem de Ypacarai ,eu sou índio brasileiro e meu amor e guarani”
Encantado com a beleza musical o Tenente maestro procurou o juiz em seu gabinete para a partir dali colocar as partituras e dar o nome de Serenata a Ponta Porã,comparo essa musica como um fato que aconteceu comigo disse o juiz ,estava em uma fazenda de um amigo e alguém me passou um revolver para atirar no alvo uma garrafa,apontei ,fiz a mira e dei um tiro de aproximadamente uns 40 metros e acerte bem no alvo ,todos ficara admirados com a precisão do tiro,ate os seguranças da fazenda ficara boquiabertos .
O dono da fazenda colocou outra garrafa ainda mais longe, e me desafiou para outro tiro ,Mas como não sou bobo e o tiro foi uma tremenda sorte não arrisquei ,e ainda fiquei com a fama de exímio atirador ,e isso numa fronteira naquela época era boa essa fama ,sorriu o juiz.
Com a musica foi à mesma coisa disse o magistrado, hoje o juiz João Gomes Guimarães Filho esta aposentado e morando com sua companheira Maria Helena Alves na cidade de Araçatuba interior de São Paulo, “Serenata a Ponta Porã foi minha única composição ,não arriscaria fazer outra tão bela como ela,concluiu!”
Marcelino Nunes de Oliveira
*Bacharel em Direito, Mestrando em direito internacional, pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior e Especialista em direto processual civil, vereador em Ponta Porã e estudioso da cultura fronteiriça.
