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Artigo: Qual seria seu pedido para um “Gênio da Lâmpada”?

Por: Tião Prado

20/11/2018 07h40 – DN

Eu tenho um amigo, o Jukka, isso mesmo com dois ‘Ks’, é assim que ele gosta. De vez em quando fala de coisas que nem sempre pode se entender muito bem, ou seja, tem aqueles famosos ‘Déjà vu’.

Pois bem, me disse esse amigo Jukka que em recente viagem pelo estado levou com ele o ‘Toinho’, amigo especial que sempre o acompanha nas viagens para não ir sozinho e que entre uma conversa e outra, ouvindo antigas musicas sertanejas e o melhor do Pop e rock nacional em seu som, eis que neste momento toca a musica “Pai” do Fábio Junior. Logo começaram a lembrar da música, a primeira vez que o Fábio a tocou no programa de TV Ciranda Cirandinha em 1978, e perceberam que a canção completou 40 anos. Lembraram da cena, o ator sentado no chão do banheiro, brincando com o seu filho ainda pequeno e tudo foi perfeito; a música no ano seguinte estava na novela Pai Herói de Janete Clair e daí foi um estouro total, muito sucesso.

Mas naquela conversa a respeito da música e a forma como ela toca os corações dos filhos quando ouvem a canção e prestam atenção em sua letra, eis que veio uma pergunta de Toinho ao Jukka. Pergunta essa que deixou até um silencio no ar: “Se você encontrasse neste momento um gênio da lâmpada e te dissesse que você tem um pedido a fazer, qual seria o seu pedido? Dinheiro? Saúde? vida longa? Qual? Perguntou Toinho.

Jukka pensou um pouco, a canção “Pai” podia ser ouvida no fundo e, de repente, Jukka deu uma resposta que até mesmo o seu melhor amigo ficou surpreso: “Pediria para Deus dar uma nova chance para mim, trazendo meu pai de volta, com toda a sua sabedoria e o seu encanto, para me ajudar nos momentos difíceis, vibrar com as minhas conquistas, fazer longas viagens e trocarmos elogios, pois ele era e sempre muito inteligente e tinha respostas sábias para todas as minhas perguntas”, disse Jukka.

Completou dizendo: “Nesse seu retorno, que não precisava ser longo, apenas alguns dias ou até mesmo horas, queria levar ele para minha casa, que hoje é muito boa; convidar meus filhos e netos e juntos sentarmos no sofá da sala e brincar de vovô e bisavô com todos eles, coisa que não deu tempo de acontecer no passado, pois ele se foi muito cedo”, completou Jukka.

Depois de um breve um silêncio, Toinho que sempre era de ouvir mais do que de falar, disse sorrindo: “Nunca tinha pensado nisso, porque sem dúvida nenhuma, o maior tesouro que temos são os momentos que passamos ao lado de nossa família, esses momentos não tem preço”, disse.

A viagem seguiu. Os dois ainda em silêncio quando Toinho volta a perguntar: qual tinha sido o melhor momento entre Jukka e seu pai? Eis que Jukka responde: “Tivemos muitos, muitas conversas, elogios, carinhos, mas o que ficou marcado mesmo, foi quando saí de casa para morar em outra cidade e meu pai me chamou e me deu um abraço e um beijo carinhoso no rosto e disse que era para trabalhar muito, ser honesto e nunca ludibriar ninguém, porque as pessoas honestas conseguem vencer na vida e trabalhar em qualquer lugar. Essa frase, que foi dita há quase 40 anos ainda uso no meu dia a dia”, completou Jukka.

A viagem seguiu e os dois amigos rindo das dificuldades que passaram e das conquistas que tiveram em todos esses anos. Foram em frente, sabendo que no retorno tinham para onde voltar e o melhor de tudo, sempre tem uma pessoa especial esperando a sua volta.

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