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quinta-feira, 28 de março, 2024
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Artigo: Você trata bem sua esposa?

Wilson Aquino*

A maioria dos homens que tratam bem suas esposas acha que não precisa evoluir para se tornar um marido melhor. Ledo engano! pois não só pode como deve fazer autoanálise para detectar possíveis falhas em determinados aspectos do relacionamento matrimonial e corrigi-los, em respeito ao amor à companheira.

A bebida alcoólica, por exemplo, é a origem de grande parte do silencioso sofrimento da mulher. Quer porque o homem faz uso em excesso ou pela maneira constante de consumo no dia a dia. Há aqueles também que bebem e se tornam extremamente impertinentes, ao ponto de se tornarem inconvenientes em reuniões familiares ou sociais com os amigos.

Também existem aqueles que quando bebem implicam com ela, a esposa e até com os filhos, criticando-os por motivos banais.

Não vou me referir aqui àqueles maridos “anormais” que usam da violência verbal e física no trato com a esposa. A esses nem cabe aqui chama-los para reflexão, pois estão mais enquadrados como criminosos que maridos. Mesmo assim vale ressaltar que, se quiserem mesmo, podem sim mudar.

Muitos maridos também são tão dedicados e focados no trabalho diário que acabam negligenciando outros aspectos importantes do relacionamento conjugal e familiar.

Não podem esquecer que em um lar saudável, marido e mulher, precisam ter sempre um tempo somente deles, mesmo que tenham filhos, que também precisam de um tempo, individual e coletivo com os pais.

O fato do homem ser “macho” não o impede de ser atencioso e carinhoso com a esposa em todos os momentos e em qualquer lugar, mesmo que estejam sós ou em meio a outras pessoas. O tratamento para com sua esposa deve ser sempre especial, com amor, dedicação e respeito. Sempre!

Feliz o homem que depois de anos de relacionamento conjugal ainda se porta como verdadeiro cavalheiro, agindo de forma amorosa e cortês. Sempre atento à sua amada ele se apressa por exemplo para abrir a porta do automóvel para que ela entre; Não permite que ela carregue sozinha determinados fardos e em família, sempre toma a frente para carregar o próprio filho, livrando-a de pesos.

Quem já não testemunhou cenas de uma família andando nas ruas ou nos shoppings onde a mulher carrega num braço a criança pequena e no outro bolsa e sacolas, enquanto o “maridão” segue ao lado todo “engomadinho” alheio ao esforço da companheira? Lamentável essa cena comum nas nossas ruas.

São gestos simples, espontâneos, naturais e constantes que fazem a grande diferença entre os homens que amam, respeitam e valorizam suas esposas, daqueles que adotam a filosofia do “deixa a vida me levar”.

Sabendo que elas são mais sentimentais, mais amorosas, por que não surpreendê-las “de vez em sempre” mesmo com um simples botão de rosa, embrulhado com uma declaração de amor? O que dizer então de bilhetinhos e poesias (mesmo que meio sem rima) deixados em lugares estratégicos para que ela os encontre? Parecem simples atos, porém têm valores inestimáveis para elas. O amor floresce, cresce e tudo fica mais bonito e harmônico no lar.

Há muitos anos surpreendo minha amada esposa com escritos nos azulejos da cozinha onde, de vez em quando, deixo minhas mensagens e poesias demonstrando meus sentimentos de amor e alegria pela sua presença em minha vida. Uso pincel atômico e também as “canetinhas” coloridas das crianças (de fácil limpeza com pano úmido) e faço até desenhos (imperfeitos) que retratam nossos momentos em lugares como praia, campo e parques. Ela ama essa minha arte.

Também me esforço pra dirigir-lhe sempre palavras carinhosas e edificantes que a ajudam se sentir especial como ela o é, para que tenha sempre alegria no seu dia a dia, mesmo quando está só, no cuidado de nosso lar.

E para que não tenha dúvida da importância de todo esse trato, veja o mandamento que o próprio Senhor dá aos maridos: “Vós, maridos, amai a vossa própria mulher, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25)

*Jornalista e Professor