Por 24 dias, fez uso de oxigênio suplementar e, há 10 dias, está conseguindo respirar sozinho, mesmo tendo sido submetido a uma traqueostomia.
O bebê, que nasceu pesando 800 gramas, com apenas 25 semanas e 2 dias de gestação, e passou por 140 dias de internação, respondeu bem ao tratamento e fez seu primeiro passeio, no qual conseguiu sentir a luz do sol pela primeira vez, no Hospital Universitário (Humap-UFMS/Ebserh).
O passeio ocorreu no dia 23 de maio, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, aos quatro meses de vida de Miguel Felipe. Ele foi acompanhado pela médica neonatologista Ana Paula Lanza, pelo fisioterapeuta Douglas Fernandes Orikassa e pelo acadêmico de Fisioterapia Inácio Goulart.
Cabe ressaltar o método utilizado para transportar Miguel, em alusão ao dia 15 de maio, quando se comemora o Dia Mundial do Método Canguru — reforçando, assim, a importância do tratamento neonatal humanizado.
O hospital explicou que o trabalho da equipe, composta por multiprofissionais, é fundamental para estabelecer vínculos e, com isso, reduzir o tempo de internação, auxiliando no processo de desenvolvimento dos bebês prematuros.
Período de internação
O bebê, que nasceu com apenas 800 gramas e 25 semanas e alguns dias de gestação, ficou internado por 140 dias. Desses, em 120 dias Miguel precisou de auxílio de aparelhos, com uso de ventilação não invasiva.
Por 24 dias, fez uso de oxigênio suplementar e, há 10 dias, está conseguindo respirar sozinho, mesmo tendo sido submetido a uma traqueostomia.
A mãe, Nathaly Jesus da Silva, relatou emocionada que sempre via bebês nascendo e chorando, o que não aconteceu com seu filho Miguel.
“O meu não chorou. Mas fui acolhida. A equipe conversava comigo, me acalmava, explicava cada passo. Uma assistente social me disse algo que nunca esqueci: ‘Às vezes a gente dá um passo pra frente e dois pra trás, mas tudo bem. Deus sabe de todas as coisas, e ele vai ficar bem’. Hoje vejo que ela estava certa”, comemorou a mãe.
O pequeno Miguel ainda tem uma caminhada pela frente, que o hospital descreveu como “um capítulo de um sopro de esperança”, ao ver o reflexo do sol em seu rosto e a fé inabalável da mãe, que sempre acreditou tanto na equipe médica quanto na força de Miguel.
Fonte: Correiodoestado