
Entre rios, florestas e mangueiras, a cidade de Belém (PA) convida o mundo a descobrir um novo olhar sobre a Amazônia: o do turismo sustentável, que preserva, educa e transforma. Sede da COP30 de 2025, a capital paraense se consolida como referência em roteiros de ecoturismo e turismo de base comunitária, integrando natureza, cultura e saberes tradicionais de forma única.
As opções conectam visitantes a comunidades ribeirinhas e espaços urbanos que transpiram biodiversidade, evidenciando a importância da região na condição de palco climático global. Belém é uma cidade insular, formada por 42 ilhas, que representam 65% do seu território. E em cada uma delas o visitante encontra um convite ao equilíbrio entre natureza e cultura, com experiências que unem preservação ambiental e desenvolvimento local.
A mais famosa delas, a Ilha do Combu, a apenas 10 minutos de barco do centro da cidade, constitui um símbolo do turismo de base comunitária. Lá, famílias produzem chocolate artesanal a partir de cacau nativo, recebem visitantes em restaurantes à beira do rio e conduzem passeios educativos sobre o manejo da floresta e a vida ribeirinha.
O Ministério do Turismo, em parceria com o Governo do Pará e a Prefeitura Municipal de Belém, apoia o desenvolvimento de roteiros sustentáveis locais. As iniciativas reforçam o legado da COP30, evidenciando ao mundo que é possível conciliar turismo e sustentabilidade, tendo a Amazônia como protagonista.
“A Amazônia é o coração verde do planeta, e Belém mostra que é possível crescer com responsabilidade, respeito e consciência ambiental”, enfatiza a ministra do Turismo em exercício, Ana Carla Lopes.
Outras rotas incluem a Ilha das Onças, com trapiches de banho e pousadas familiares, e a Ilha de Cotijuba, área de proteção ambiental repleta de praias de água doce e trilhas ecológicas. Já em Mosqueiro, praias e a culinária local encantam turistas que buscam descanso e contato direto junto à natureza.
Steffanie Brito, empreendedora e especialista em transporte turístico sustentável, que atua em Belém e na região das ilhas, ressalta o orgulho de trabalhar na área. “A gente acredita que o turismo sustentável é uma ponte entre quem visita e quem vive aqui. Cada travessia, cada passeio é uma troca de saberes e de respeito. Nosso trabalho é garantir que essa conexão aconteça com segurança, cuidado e valorização das comunidades”, comenta Steffanie.
ATRAÇÕES URBANAS – Mesmo dentro da cidade, Belém exala Amazônia. O Parque Estadual do Utinga é um dos principais exemplos de ecoturismo urbano do Norte do Brasil. Com 1.400 hectares de floresta e dois grandes lagos, o espaço abastece a capital e oferece trilhas, passeios de bicicleta e atividades educativas voltadas à conservação ambiental.
Outro ícone fica por conta do Mangal das Garças, jardim ecológico às margens do Rio Guamá onde o visitante pode observar garças, borboletas e iguanas, além de subir no Farol de Belém para uma das vistas mais bonitas do município.
Já o Museu Paraense Emílio Goeldi – o mais antigo da Amazônia – é referência mundial em biodiversidade e pesquisa científica. Seu parque zoobotânico forma um oásis verde no coração de Belém, onde ciência e turismo caminham juntos para inspirar consciência ambiental.
Os espaços representam o compromisso da cidade com a educação sobre meio ambiente e a convivência entre urbanidade e natureza, princípios que orientam a realização da COP30.
EXPERIÊNCIAS CONSCIENTES – A capital paraense também proporciona passeios fluviais conscientes, nos quais embarcações menores percorrem o Rio Guamá e a Baía do Guajará, respeitando as comunidades locais e as normas ambientais. O visitante tem a oportunidade de conhecer feiras orgânicas, trilhas guiadas por educadores ambientais e projetos que estimulam o consumo responsável e a valorização dos produtos da floresta.
O Laboratório da Cidade, o Coletivo Circular Campina-Cidade Velha e organizações como Mandi e Unipop desenvolvem ações voltadas à educação ambiental, ao turismo social e à sustentabilidade urbana. As iniciativas mostram que o turismo é, também, um instrumento de inclusão produtiva e de fortalecimento dos povos amazônicos.
Por Cíntia Luna
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
Fonte: Ministério do Turismo

