Black Friday 2025 deve movimentar R$ 354 milhões em Mato Grosso do Sul

Foto: Arquivo / Correio do Estado

A Black Friday brasileira é inspirada na tradicional queima de estoques realizada pelos comerciantes dos Estados Unidos após a celebração do Dia de Ação de Graças

A Black Friday, que será realizada oficialmente no dia 28 de novembro, deve injetar R$ 354 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF/MS) em parceria com o Sebrae MS.

O montante representa uma queda de 18% em relação ao ano anterior, indicando maior cautela por parte dos consumidores diante do cenário econômico atual.

A Black Friday brasileira é inspirada na tradicional queima de estoques realizada pelos comerciantes dos Estados Unidos após a celebração do Dia de Ação de Graças, sempre a última sexta-feira de novembro, e foi incorporada ao calendário do varejo do Brasil em 2010.

O evento, que oferece descontos em produtos e serviços dos mais variados tipos, já é a quinta data mais importante para o comércio, ficando atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

Para a economista do IPF/MS, Ludmila Velozo, mesmo com a redução no volume financeiro em comparação com o ano passado, o período ainda é estratégico para o varejo.

“A Black Friday continua sendo um momento relevante para o comércio, especialmente pelo aumento do tráfego digital e pelo planejamento de compras por parte dos consumidores. O que observamos em 2025 é um comportamento mais racional, em que o cliente compara preços, prioriza itens de maior necessidade e busca descontos realmente vantajosos. Isso explica tanto a queda no volume total quanto a manutenção do interesse pela data”, analisa.

Em todo o Brasil, comércio deve receber volume recorde de R$ 5,4 bilhões com a Black Friday deste ano, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Perfil de compras
Do total de entrevistados, 52% pretendem comprar na Black Friday, enquanto 48% não devem realizar compras.

Entre os que vão consumir, a preferência é por compras digitais, com 78% afirmando que comprarão on-line, e 23% em lojas físicas.

Para as compras presenciais, o centro lidera como principal destino, com 43%, seguido pelos shoppings (27%), galerias (13%) e bairros (12%).

O gasto médio total previsto para este ano é de R$ 454,73.

O perfil dos entrevistados mostra predominância de trabalhadores com carteira assinada (51%), seguidos por empresários (16%), autônomos (14%) e funcionários públicos (12%).

Com relação aos itens desejados pelos consumidores, lideram as intenções de compra produtos variados para o trabalho, seguidos por notebooks e computadores; móveis, eletrodomésticos e eletrônicos; ablets e celulares somam.

Há ainda cerca de 10% dos consumidores que não decidiram o que vão adquirir e devem ficar de olhos nos itens que entrarem em promoção.

Entre a queles que não pretendem realizar compras na Black Friday, a pesquisa revela que a principal razão é a desconfiança em relação aos descontos.

A incerteza econômica também pesa na decisão, sendo apontada por 20% do público, e outros 10% afirmam estar receosos em gastar no momento, enquanto 18% dizem que não vão participar da data por estarem sem dinheiro.

A pesquisa ouviu 1.982 pessoas entre os dias 3 e 8 de novembro, em sete municípios do Estado: Bonito, Campo Grande, Coxim, Corumbá/Ladário, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. A margem de erro varia entre 5% e 6%, com intervalo de confiança de 95%.

Cuidado com golpes
A temporada de promoções e apelo de vendas é acompanhada por armadilhas de golpistas e fraudadores, o que exige atenção dos consumidores.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, disponibiliza um guia para diminuir a chance de ser enganado.

Confira algumas orientações:

Desconfie de descontos irreais: promoções podem esconder preços inflados previamente. É possível acompanhar e comparar os valores dos produtos desejados ao longo do tempo, usando ferramentas on-line;
Cheque a reputação da loja: especialmente em plataformas desconhecidas, pesquise em sites de reclamações;
Atenção à entrega e aos reembolsos: verifique os prazos e políticas antes de fechar a compra;
 Prefira sites seguros: veja se o endereço começa com “https” e se há um cadeado ao lado do URL (endereço virtual);
Direito de arrependimento: compras on-line têm até sete dias para arrependimento com reembolso total
Caso suspeite de propaganda enganosa ou se sinta lesado em uma compra, denuncie no portal consumidor.gov.br ou no Procon do seu estado.

Fonte: Correiodoestado