Os mercados acionários da China encerraram a quarta-feira (3) em queda, registrando a maior desvalorização em uma semana. O movimento foi puxado pelo setor de defesa, que liderou as perdas depois que investidores decidiram realizar lucros na esteira do desfile militar promovido pelo governo chinês.
O índice de Xangai (SSEC) caiu 1,16%, marcando a maior baixa diária desde 27 de agosto, enquanto o CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,68%. Já em Hong Kong, o Hang Seng registrou queda de 0,60%.
Desfile militar influencia negociações
O recuo foi atribuído à reação dos investidores ao desfile militar organizado pelo presidente Xi Jinping, que celebrou os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. O evento apresentou os mais recentes equipamentos bélicos do país, incluindo mísseis, tanques e drones.
Apesar da força simbólica, a demonstração militar não sustentou o otimismo no mercado, resultando em quedas expressivas no setor de defesa e em empresas relacionadas, que recuaram 6,1% e 6,8%, respectivamente.
Dados econômicos positivos ficam em segundo plano
Os mercados também ignoraram uma pesquisa do setor privado que indicou expansão da atividade de serviços na China em agosto, no ritmo mais acelerado dos últimos 15 meses. Mesmo com o dado positivo, a aversão ao risco prevaleceu.
Desempenho das principais bolsas da Ásia-Pacífico
Além da China, outras praças financeiras da região também registraram movimentos negativos nesta quarta-feira:
- Tóquio (Nikkei): queda de 0,88%, aos 41.938 pontos
- Seul (Kospi): alta de 0,38%, aos 3.184 pontos
- Taiwan (Taiex): avanço de 0,35%, aos 24.100 pontos
- Cingapura (Straits Times): recuo de 0,20%, aos 4.289 pontos
- Sydney (S&P/ASX 200): queda de 1,82%, aos 8.738 pontos
Contexto regional
O ambiente nos mercados asiáticos foi de cautela, com investidores equilibrando sinais de crescimento econômico pontuais diante de fatores políticos e militares. O desempenho misto das bolsas reflete a preocupação com a volatilidade no curto prazo, especialmente em setores sensíveis como defesa e tecnologia.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio