Ex-presidente deixou de receber nutrição parenteral endovenosa neste sábado e não relata dor.
O ex-presidente Jair Bolsonaro começou a receber uma dieta pastosa e deve ter alta nos próximos dias, segundo boletim médico divulgado neste sábado (3). O documento diz que Bolsonaro está clinicamente estável, “sem dor ou febre e com pressão arterial controlada”.
Segundo o informe médico, ele está com boa aceitação da dieta pastosa, “mantendo a programação de progressão da dieta por via oral, com a suspensão da nutrição parenteral (endovenosa) hoje”.
A equipe explicou que Bolsonaro segue na fisioterapia motora e sendo submetido a medidas de prevenção de trombose venosa. “Permanece a orientação de restrição de visitas, com previsão de alta hospitalar nos próximos dias”, diz.
O ex-presidente foi submetido a uma cirurgia após passar mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte, no dia 11 de abril, quando apresentou dores e distensão abdominal. Segundo os médicos, o procedimento foi necessário devido a uma obstrução intestinal. Apesar da recomendação para não receber visitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esteve com Bolsonaro no dia 22 do mesmo mês.
Cirurgia
Realizada “sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue” em 13 de abril, a cirurgia intestinal de Bolsonaro durou 12 horas. Segundo os médicos, apesar de o procedimento ter sido bem-sucedido, o ex-presidente ainda precisou dos cuidados da UTI.
Segundo o cardiologista Leandro Echenique, ao fazer uma operação deste porte, o corpo do paciente fica mais inflamado, e isso pode levar a uma série de intercorrências, exigindo monitoramento da pressão arterial e ações para possíveis infecções.
Intimação
Em 23 de abril, o ex-presidente foi intimado sobre a abertura de ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal). A notificação ocorreu na UTI do hospital em Brasília, onde está internado após o procedimento cirúrgico.
Bolsonaro recebeu a intimação após aparecer em uma transmissão ao vivo nas redes sociais. A partir da exibição, o STF entendeu que o ex-presidente estaria em condições de ser formalmente comunicado e determinou a diligência.
Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, publicou nota em redes sociais contestando a medida. Segundo ele, a entrega do documento em ambiente hospitalar contraria o Código de Processo Penal, que veda citação de pessoa em estado grave de saúde.
Fone: R7