Brasil pode atingir produção recorde de petróleo e gás natural competitivo e com menores emissões até 2035, aponta estudo do MME e da EPE

- Foto: Arte MME

O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram, nesta quarta-feira (03/12), o Caderno de Produção de Petróleo e Gás Natural do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035). O documento projeta que, na próxima década, o Brasil poderá atingir um novo patamar na produção de petróleo e gás natural, com expansão contínua dos volumes, maior competitividade e baixas emissões específicas, próximas de 14 quilogramas de CO₂ equivalente por barril de óleo equivalente (CO2eq/boe), impulsionadas sobretudo pelo perfil produtivo do pré-sal.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pontuou que o estudo reafirma a capacidade do Brasil de ampliar sua produção de petróleo e gás natural com competitividade, segurança e responsabilidade ambiental. “A força do pré-sal, aliada à diversificação de projetos e ao fortalecimento dos produtores independentes, demonstra que o país avança com um planejamento sólido e visão de futuro. Este é um marco importante para consolidarmos nossa relevância energética global, promovendo desenvolvimento econômico sustentável e inovação tecnológica,” afirmou Silveira.

As projeções apontam que a produção nacional de petróleo poderá atingir 4,9 milhões de barris por dia em 2035, com pico de 5,1 milhões de barris por dia em 2032, representando um crescimento de 44% em relação a 2024. Esse avanço será sustentado majoritariamente por recursos descobertos, que respondem por cerca de 92% da produção estimada para 2035, e pela elevada contribuição do pré-sal, responsável por aproximadamente 76% da produção nacional ao final do período. Entre os projetos estratégicos, o campo de Búzios se destaca com a entrada de seis novas unidades de produção até 2030, cujo conjunto poderá alcançar cerca de 1,7 milhão de barris por dia em 2030 e 1,1 milhão de barris por dia em 2035.

A expansão produtiva ocorre de forma diversificada entre os diferentes regimes regulatórios: a concessão deve representar cerca de metade da produção, seguida pela partilha de produção, com aproximadamente 39%, e pela cessão onerosa, com cerca de 11% em 2035.

No caso do gás natural, o caderno projeta que a produção bruta deverá atingir 299 milhões de m³/dia em 2035, com pico de 309 milhões de m³/dia em 2033, o que representa um aumento de 95% em relação à produção realizada em 2024. A produção líquida, após descontos de consumo próprio, queima, perdas e injeção, deverá alcançar 127 milhões de m³/dia em 2035, com crescimento de 154% no período. Assim como no petróleo, a produção de gás continuará sendo dominada pelos Recursos Descobertos, que respondem por cerca de 96% da produção bruta e 93% da produção líquida, enquanto o pré-sal representará aproximadamente 80% da produção bruta e 61% da produção líquida de gás natural no final do decênio.

O estudo também indica que recursos ainda não descobertos poderão começar a produzir a partir de 2030, representando cerca de 7% da produção nacional em 2035 e reforçando a resiliência de longo prazo do suprimento energético brasileiro.

A produção onshore, apesar de representar parcela menor do total nacional, apresenta trajetória consistente de recuperação. Estima-se que essa produção alcance 296 mil barris de óleo equivalente por dia em 2035, com pico de 332 mil boe/d em 2034, crescimento de 28% em relação a 2024. A crescente participação de produtores independentes, que poderá superar 60% da produção em terra em 2035, reflete o impacto de políticas públicas como a redução de royalties, a prorrogação de contratos de concessão e o programa de desinvestimento da Petrobras, que têm impulsionado a revitalização de campos maduros e estimulado o desenvolvimento regional.

Acesse o estudo completo aqui.

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Fonte: Ministério de Minas e Energia