O Brasil alcançou, em 2025, um marco histórico no monitoramento da conectividade escolar ao atingir 109,9 mil escolas públicas com o Medidor Educação Conectada instalado. Dessas, 102,9 mil registraram medições ativas ao longo do ano, o que corresponde a aproximadamente 74,7% do total de escolas com medidor, representando o maior número desde a criação do monitoramento. O medidor, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com o NIC.br, integra a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas e se consolidou como instrumento essencial para acompanhar, de forma contínua e precisa, a qualidade real da internet disponibilizada pelas redes de ensino.
O crescimento expressivo do número de escolas com medições ativas é importante, porque fortalece a precisão dos diagnósticos sobre velocidade, estabilidade e disponibilidade do serviço de internet destinado para uso pedagógico. Esses registros apoiam as ações do MEC, do Ministério das Comunicações, dos estados e dos municípios, influenciando investimentos, ajustes de fornecedores, implementação de wi-fi interno e decisões estratégicas de políticas nacionais e parcerias com órgãos como a Anatel. Ao ampliar a base de monitoramento, o país fortalece o pacto federativo da conectividade, reduz assimetrias informacionais e garante que gestores públicos tomem decisões mais qualificadas.
Nesse contexto, cabe destacar como a participação dos municípios na 9ª edição do Selo Unicef (2025–2028) tem contribuído de forma significativa para a expansão do uso do Medidor Educação Conectada. O selo busca incentivar uma gestão orientada por resultados e baseada no acompanhamento sistemático de indicadores que impactam diretamente a garantia de direitos de crianças e adolescentes, e incorporou a conectividade escolar como atividade a ser implementada pelos municípios participantes. Esse alinhamento tem estimulado a instalação do medidor em todas as escolas com internet e o uso ativo de seus dados para qualificar políticas locais, ampliando a cobertura do monitoramento nacional e fortalecendo a cultura de decisões informadas por evidências.
O Medidor Educação Conectada funciona de maneira simples e acessível. A escola baixa a ferramenta no site do programa, instala a versão correspondente ao sistema operacional do computador e mantém o equipamento ligado por pelo menos seis horas para que as primeiras medições sejam registradas. Não é necessário suporte técnico especializado, o que facilita sua adoção em municípios de todos os portes. Caso o sistema não apresente leituras, fatores como firewall e antivírus podem ser a causa, sendo possível utilizar a ferramenta de diagnóstico ou solicitar apoio técnico. Segundo a documentação oficial, a instalação correta é fundamental para que os dados reflitam a velocidade real de navegação utilizada pelos estudantes nas atividades pedagógicas.
Embora essencial, o medidor não deve ser interpretado isoladamente. Os parâmetros de conectividade adequada dependem da combinação de três elementos simultâneos: energia elétrica estável, velocidade de conexão suficiente e rede interna Wi-Fi distribuída nos ambientes pedagógicos. Por isso, o Indicador Escolas Conectadas, que classifica as escolas de 0 a 5, utiliza dados do medidor em conjunto com outras fontes, incluindo informações declaradas no Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para a Política de Inovação Educação Conectada (Piec), registros federais e dados atualizados periodicamente pelas redes de ensino. Essa integração garante uma visão mais completa e técnica da conectividade pedagógica e evita interpretações equivocadas ou análises que não considerem o conjunto da infraestrutura escolar.
Ao atingir quase 110 mil escolas com monitoramento ativo, o Brasil fortalece a governança da conectividade escolar e avança no compromisso de garantir o uso significativo da internet como direito educacional. O medidor torna visíveis desigualdades, identifica gargalos, orienta investimentos e apoia a construção de condições pedagógicas necessárias para a inovação digital nas escolas públicas. Mais do que um número recorde, o resultado representa a consolidação de uma política pública robusta, baseada em dados reais, capaz de orientar o país rumo à plena conectividade educacional até 2026, conforme previsto na Estratégia Nacional de Escolas Conectadas.
O resultado reflete o comprometimento das redes de ensino e das escolas públicas em todo o país que aderiram ao Medidor Educação Conectada e contribuíram ativamente para o fortalecimento do monitoramento e da governança da conectividade escolar.
Enec – A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas é uma iniciativa federal voltada a universalizar o acesso à internet de qualidade nas escolas públicas e promover o uso intencional da tecnologia na educação básica. Além de conectar escolas, a estratégia fortalece a educação digital nos currículos, apoia a formação de professores e investe em políticas que preparem os estudantes para atuar com autonomia e segurança no mundo digital.
Entre 2023 e 2025, mais de R$ 3 bilhões foram investidos na conectividade e transformação digital das redes estaduais e municipais. A implementação da Enec ocorre de forma integrada entre União, estados, municípios e Distrito Federal, com apoio técnico e financeiro, e se baseia em monitoramento contínuo, evidências e seis eixos estruturantes voltados à inclusão e cidadania digital.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB)
Fonte: Ministério da Educação


