Caatinga é destaque em painel sobre o papel dos biomas no enfrentamento à crise climática

Debate foi promovido pelo MMA e pelo Observatório da Caatinga - Foto: Fernando Cavalcante/Banco do Nordeste

A valorização e a integração dos conhecimentos de povos e comunidades tradicionais na proteção dos biomas, sobretudo da Caatinga, ecossistema exclusivamente brasileiro, foram ressaltadas pela secretaria nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Edel Moraes, na última terça-feira (11/11). 

A reflexão ocorreu durante o painel “Caatinga – A floresta seca do Brasil e seu potencial para sequestro de carbono”, realizado no Pavilhão da Floresta, na Zona Sul, da COP30, em Belém (PA). A iniciativa foi promovida pelo MMA e pelo Observatório da Caatinga (OCA).

Para a secretária, a Caatinga “é um símbolo de resistência dos povos e comunidades que habitam o Semiárido”, por esse motivo “reconhecer seu valor ambiental e cultural é reconhecer também o papel dessas populações na preservação da vida”, afirmou. “As comunidades rurais, quilombolas, indígenas e sertanejas sempre souberam conviver com o semiárido. Elas nos ensinam que é possível desenvolver com respeito à natureza e ao território”, pontuou.

O diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA, Alexandre Pires, foi o moderador do diálogo. Em sua fala, ele classificou o bioma como “uma usina silenciosa de carbono”. “Mesmo em um contexto de baixa pluviosidade, a Caatinga demonstra uma capacidade extraordinária de regeneração e de captura de CO₂, o que reforça a importância de políticas públicas voltadas à sua conservação e recuperação”, informou.

O debate contou ainda com a participação da doutora em Engenharia Civil e Ambiental pela UFCG e pesquisadora do OCA, Sabrina Holanda Oliveira; do deputado federal Fernando Mineiro; e do diretor de Planejamento do Banco do Nordeste (BNB), José Aldemir Freire

Os participantes também debateram estudos recentes que demonstram a eficiência do bioma no sequestro de carbono e enfatizaram a necessidade de ampliar iniciativas de restauração, manejo sustentável e pesquisa aplicada ao Semiárido.

O painel consolidou um espaço de diálogo entre instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil, financiadores e representantes do poder público, fortalecendo a articulação entre ciência, políticas públicas e saberes tradicionais para a proteção da Caatinga e para a resiliência climática do Semiárido brasileiro.

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima