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Casal envolvido no atropelamento e morte de jardineiro não tem CNH

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27/12/2018 07h40 – Douradosnews

Depois de atropelar e matar o jardineiro Jefferson Moreira, de 37 anos, durante uma briga de trânsito, o vendedor Mark Lee Alves Reginaldo, de 20 anos, abandonou a pick-up usada no crime em um lava-jato no Bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande e se escondeu com a mulher e a filha na casa de um parente.

Nem Mark, nem a esposa, possuem CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A pick-up usada no crime estava irregular e havia sido comprada por eles uma semana antes, por R$ 4 mil.

No primeiro depoimento à polícia, Mark Lee contou que saiu de casa às 9 horas para levar uma motocicleta de um amigo na oficina e depois de algum tempo, pediu para a mulher ir buscá-lo de carro. Ao delegado Antenor Batista, o suspeito ainda detalhou que a esposa parou na contramão. Por isso, na hora de sair não viu a vítima e acabou provocando a colisão.

Jefferson bateu na traseira da pick-up, mas conseguiu pular da motocicleta e evitar a queda. A motorista parou alguns metros a frente e Mark Lee desceu para, segundo ele, conversar e acertar o conserto do retrovisor da motocicleta, no entanto teria sido ameaçado pelo jardineiro.

Nas palavras do casal, Jefferson teria se aproximado da mulher e perguntado se ela queria ver o marido morrer. Eles contam ainda que a vítima ameaçou dar capacetadas nele e até arrancou a chave da ignição. Depois de conseguir tomar a chave, Mark conta que entrou no veículo, deu ré e só tentou sair dali.

Durante a tentativa de fuga, ele acabou atropelando o jardineiro. O motorista ainda reforçou que não tinha a intenção de atingir Jefferson, e que quando percebeu a vítima já estava na frente da pick-up e não conseguiu evitar a colisão.

Ele contou ainda que sentiu muito medo e que a mulher e a filha de 4 anos choravam durante a briga e que ao sair do local do crime as deixou na casa do sogra, dirigiu até o lava-jato em que o veículo foi abandonado e voltou para buscar as duas com um motorista de aplicativo. Depois, foi para casa de um parente em Campo Grande, onde estava até essa tarde.

Ao site Campo Grande News, o delegado explicou que os depoimentos de Mark e da esposa apresentaram a mesma versão e que agora, novas testemunhas serão ouvidas, incluindo um trabalhador da região que teria tentado acalmar Jefferson. Como não estava em situação de flagrante, o suspeito foi liberado.

Foto: Kisie Anoã