CGU amplia Programa Time Brasil e supera meta de adesões no combate à corrupção em estados e municípios em 2025

Lançado em setembro, o novo ciclo chegou a 37 municípios participantes, além do governo do estado do Maranhão

O Programa Time Brasil, iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU) voltada ao fortalecimento da integridade pública em estados e municípios, encerrou 2025 com desempenho acima do esperado. Lançado em setembro, o novo ciclo da política superou, em poucos meses, a meta de 30 adesões prevista para todo o ano e chegou a 37 municípios participantes, além do governo do estado do Maranhão.

Segundo a secretária de Integridade Pública da CGU, Patricia Alvares, o grande número de adesões em um espaço de tempo tão curto reflete a confiança no programa por parte dos entes subnacionais, que o identificam como importante instrumento para fortalecer a integridade pública, e, consequentemente, aumentar a confiança da sociedade nas instituições públicas. “Quando um ente fortalece sua integridade, todo o Estado brasileiro sai fortalecido”, afirmou a secretária.

Reformulado e com capacidade ampliada, o Programa Time Brasil oferece um cardápio de capacitações e acesso a mecanismos e redes de transparência, ouvidoria, e responsabilização com objetivo de melhorar a entrega de serviços públicos à população.

A diretora de Integridade Pública da CGU, Simone Gama, explica que o volume de adesões registrado até o momento é relevante porque demonstra o compromisso dos entes subnacionais. “É um programa que não tem repasse de recursos, que depende da autoridade se engajar nessas políticas de transparência, de controle social, de combate à corrupção. O município ou estado precisa se mobilizar para planejar as ações. Precisa de uma decisão política. Então, a gente considera que foi um excelente resultado nesse pequeno período”, avalia.

Para 2026, o Time Brasil tem a meta de alcançar mais 120 municípios. Antes de ser reformulado, o programa registrou 130 adesões, no período de 2021 a 2024.

Segundo Patrícia Alvares , a expectativa é que o avanço do programa contribua para administrações mais transparentes, com maior participação social e melhores condições de acompanhamento das políticas públicas, refletindo na qualidade dos serviços prestados à população.

O aprimoramento do programa é uma das ações do Plano de Integridade e Combate à Corrupção (PICC) do Governo do Brasil, liderado pela CGU, que foi concluída em 2025. A concretização total do PICC será em 2027.

Benefícios do Time Brasil

Para a gestão pública, um dos principais benefícios da adesão é o acesso a sistemas, metodologias e redes já desenvolvidos e utilizados pelo governo federal, disponibilizados de forma gratuita aos entes subnacionais. Isso inclui soluções voltadas à transparência, ouvidoria, acesso à informação, integridade e controle, além da integração a redes colaborativas coordenadas pela CGU, que permitem troca de experiências e disseminação de boas práticas. Com isso, os gestores podem estruturar ou aprimorar suas políticas utilizando ferramentas consolidadas, sem necessidade de desenvolver soluções próprias.

Os entes participantes podem utilizar mecanismos da CGU como a plataforma de ouvidoria e acesso à informação Fala.BR, a ferramenta de inteligência artificial que identifica riscos de corrupção em compras públicas (ALICE), o e-PAD, sistema que organiza as informações dos procedimentos administrativos correcionais, e o Portal de Dados Abertos. Também podem participar de iniciativas coordenadas pela CGU, como o Programa de Fortalecimento de Corregedorias (PROCOR) e o Programa Educação Cidadã, que visa apoiar a comunidade escolar na reflexão sobre temas complexos e questões relacionadas à construção da cidadania por meio de recursos educacionais lúdicos.

Além disso, os entes que aderem ao Time Brasil podem integrar redes colaborativas como a Rede Nacional de Ouvidorias (Renouv), a Rede Nacional de Transparência e Acesso à informação (RedeLAI) e a Rede Nacional de Promoção da Integridade Privada.
“Temos uma espécie de cardápio de soluções para o desenvolvimento daquele estado ou município nessa temática de integridade pública. A gente não só permite que o ente identifique pontos a serem aprimorados. Damos caminhos e ferramentas para avançar”, ressalta Simone Gama.

Para a população, os benefícios da adesão dos municípios e estados se reflete em administrações públicas mais transparentes, com canais de participação social mais estruturados, maior acesso à informação e melhores condições para o acompanhamento das ações governamentais.
Este trabalho é viabilizado por meio da interlocução direta entre servidores dos municípios e estados com servidores das superintendências da CGU espalhadas pelo país. Todo o processo é acompanhado pela Secretaria de Integridade Pública (SIP) e pelas superintendências regionais da CGU, por meio dos Núcleos de Ações de Ouvidoria e Prevenção (NAOPs).

Adesões em 2025:

O mês de dezembro concentrou parte expressiva das novas adesões e foi marcado pela entrada de capitais estratégicas no programa, como Rio de Janeiro, São Luís (MA) e Porto Velho (RO), ampliando a presença do Time Brasil entre grandes administrações municipais e reforçando o alcance nacional da iniciativa.

Além das capitais, municípios de diferentes regiões do país formalizaram adesão ao longo do ano, entre eles Congonhas (MG), Aracati, Russas, Itarema, Tauá e Limoeiro do Norte (CE), Jaraguá do Sul, Itajaí, Balneário Camboriú e Penha (SC), União da Vitória (PR), Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro (SE), Cáceres (MT) e Sena Madureira (AC), entre outros.

Lista:

Maranhão
Sena Madureira (AC)
Lauro Freitas (BA)
Vitória da Conquista (BA)
Aracati (CE)
Itarema (CE)
Russas (CE)
Tauá (CE)
Uruoca (CE)
Limoeiro do Norte (CE)
São Luís (MA)
Senador La Rocque (MA)
Timon (MA)
Buritis (MG)
Congonhas (MG)
João Monlevade (MG)
Jaraguari (MS)
Cáceres (MT)
São João do Arraial (PI)
União da Vitória (PR)
Itatiaia (RJ)
Nilópolis (RJ)
Rio de Janeiro (RJ)
Tibau (RN)
Balneário Camboriú (SC)
Blumenau (SC)
Itajaí (SC)
Jaraguá do Sul (SC)
Luiz Alves (SC)
Navegantes (SC)
Penha (SC)
Rio do Sul (SC)
Barra dos Coqueiros (SE)
Nossa Senhora do Socorro (SE)
São Cristóvão (SE)
Palmas (TO)
Porto Velho (RO)

Fonte: Controladoria-Geral da União