Chico Macena abre etapa carioca da II CNT e destaca importância do diálogo social

Foto: Arquivo MTE

O Rio de Janeiro sediou, nesta quarta-feira (11), na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a etapa regional da II Conferência Nacional do Trabalho (II CNT). O encontro, convocado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), reuniu representantes de trabalhadores, empregadores e governo para discussão e aprovação de propostas que serão encaminhadas à etapa nacional da Conferência, prevista para março de 2026, em São Paulo.

A mesa de abertura contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Chico Macena, da subsecretária estadual de Trabalho e Renda, Lelian Cabral, e de Natanael Lopes, representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.

Ao abrir o evento, Macena destacou o papel estratégico do Rio de Janeiro frente às transformações do mundo do trabalho, especialmente no contexto da transição energética e da economia verde. “Aqui temos uma tradição de diálogo social e de busca por alternativas para colocar o Brasil no caminho do desenvolvimento. Na II CNT, serão elaboradas propostas construídas a partir do diálogo entre os atores sociais, com base no diagnóstico do mercado de trabalho do estado”, afirmou.

O ministro interino apresentou indicadores que compõem o Diagnóstico do Trabalho Decente do Rio de Janeiro, elaborado pelo MTE com base na Pnad Contínua (IBGE). O estudo aponta taxa de participação na força de trabalho de 64,3%, taxa de emprego de 58,7% e taxa de desemprego em 8,7%. Para Macena, “são indicadores ainda marcados por desigualdades estruturais, com informalidade elevada, especialmente entre jovens, mulheres e trabalhadores com menor escolaridade”.

Chico Macena reforçou que o enfrentamento dessas desigualdades exige políticas públicas integradas. “É preciso ampliar a qualificação profissional, fortalecer a proteção social, incentivar a formalização e garantir oportunidades, trabalho digno e redução das vulnerabilidades”, avaliou.

O superintendente regional do Trabalho no Rio, Cláudio Secchin, também destacou a relevância da etapa regional. “É um momento decisivo. A etapa permite alinhar as necessidades da classe trabalhadora, do setor produtivo e do poder público, enfrentar desafios e combater desigualdades regionais”, afirmou.

Espaço tripartite, paritário e democrático, a II Conferência Nacional do Trabalho tem como objetivo formular diretrizes e políticas nacionais voltadas à promoção do trabalho decente, ao fortalecimento do diálogo social e à ampliação da inclusão produtiva. No Rio de Janeiro, as bancadas de trabalhadores, empregadores e governo, além de representantes da sociedade civil, participaram de mesas de debate e sistematização das propostas que serão consolidadas na etapa nacional, em 2026.

O evento contou com apoio da Organização Internacional do Trabalho.

Acesse aqui o Diagnóstico do Trabalho Decente do Rio de Janeiro.

Mais informações sobre a II CNT podem ser encontradas aqui.

 

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego