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Cobiçada por vários órgãos, sede do MPF em Ponta Porã deve ficar com a Polícia Federal

O núcleo de imigração funciona no Aeroporto Internacional de Ponta Porã, mas Infraero quer devolução da sala

10/01/2020 14h30 – Campograndenews

O imóvel rejeitado pelo MPF (Ministério Público Federal), que alegou falta de segurança e deixou Ponta Porã, motiva a cobiça de outros representantes do poder público, mas a PF (Polícia Federal) saiu na frente na corrida pelo prédio.

Localizado na rua Antônio João, Centro de Ponta Porã e a 350 metros da linha de fronteira do Paraguai, o imóvel pertence à Superintendência do patrimônio da União.

Segundo o superintendente em Mato Grosso do Sul, Luiz Ribeiro, o MPF ainda não formalizou a devolução do imóvel, procedimento administrativo, mas órgãos como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ministério do Trabalho e PF (Polícia Federal) já manifestaram interesse.

“A Polícia Federal está na frente porque estão sendo ‘despejado’ do aeroporto e a sala em que funcionam lá é muito apertada”, afirma. O núcleo de imigração funciona no Aeroporto Internacional de Ponta Porã, mas a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), que cede o espaço, quer a sala de volta.

Ainda conforme o superintendente, o imóvel onde funcionava o MPF fica no Centro, mas numa rua menos movimentada, o que permite, por exemplo, a parada de ônibus cujos passageiros serão atendidos no setor de imigração.

O processo de devolução do imóvel é administrativo. Um engenheiro faz avaliação do local, que é redistribuído para outro órgão da administração pública. A Superintendência do Patrimônio da União funciona como uma grande corretora, recebendo bens (imóveis, fazendas) de processos de execução fiscal e outros ilícitos, como tráfico de drogas.

Outros imóveis são comprados por entes públicos e passam a compor a “carteira imobiliária” da União. Um exemplo é o prédio do MPF de Dourados, para onde foram transferidos membros e servidores da procuradoria de Ponta Porã. A superintendência foi informada de que o imóvel, atualmente locado, deve ser adquirido por quase R$ 8 milhões e incluso na carteira de bens da União.

Conforme o Portal da Transparência do MPF, o aluguel da sede de Dourados, localizada na Rua José Correa de Almeida, no Jardim Clímax, custa R$ 31.883,30 por mês. O contrato com a São Bento Imobiliária está vigente desde 2015, com dispensa de licitação. No mês de dezembro, o Portal da Transparência mostra empenho de R$ 7,7 milhões para aquisição do imóvel sede da Procuradoria da República em Dourados.

MPF de Ponta Porã fechou as portas por falta de segurança, mas PF que imóvel para setor de imigração. (Foto: Ponta Porã Informa)