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sexta-feira, 29 de março, 2024
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Com marca ‘a comemorar’, médicos explicam os motivos de MS não ter chegado ainda a ‘imunidade coletiva’

Mato Grosso do Sul registrou mais de 71% da população maior de 18 anos com ciclo vacinal completo. Entretanto, infectologistas explicam que para alcançar a ‘imunidade coletiva’, deve-se levar em consideração toda a população.

“Imunidade de rebanho” ou “coletiva”, no início da pandemia e da vacinação contra Covid os termos foram recorrentes. Especialistas diziam que com ao menos 70% da população com o ciclo de imunização completa, o patamar poderia ser alcançado.

Atualmente, Mato Grosso do Sul possui mais de 71,4% dos maiores de 18 anos completamente vacinados. Porém, especialistas ouvidos explicaram os motivos para o estado não ter atingido o número ideal de pessoas imunes à infecção, a um nível de dissipação da disseminação.

Conforme é exibido pelo sistema Mais Saúde, plataforma do governo do estado que agrega dados da Covid no estado, Mato Grosso do Sul tem 53,40% de toda a população com o ciclo vacinal completo. Para os infectologistas Rivaldo Venâncio e Silvia Uehara, a soma da “imunidade coletiva” deve levar em consideração todas as pessoas, não apenas os maiores de 18 anos.

“A informação de que já temos a população de Mato Grosso do Sul com mais de 18 anos ou mais com a vacinação completa contra Covid-19 é motivo de muita alegria. No entanto, esta conquista não significa que já alcançamos a imunidade coletiva”, expressa Rivaldo, que também é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Com marca 'a comemorar', médicos explicam os motivos de MS não ter chegado ainda a 'imunidade coletiva'
Rivaldo Venâncio comentou sobre possibilidade de imunidade coletiva em MS

Uehara comemora a marca atingida em Mato Grosso do Sul e a médica, que atua na linha de frente, viu de forma nítida o regresso dos números de óbitos e internações relacionadas a Covid, após o início da vacinação contra o vírus.

“Essa possibilidade é muito bem vinda. É notável que após a vacinação, o número de óbitos de idosos começou a cair e o número de internações começou a cair. Associado as medidas de prevenção como o uso de máscara e distanciamento social dentro do possível, nós conseguimos controlar o número de casos novos, e diminui-se radicalmente o número de internações e óbitos pela doença”, detalha a infectologista.

Com marca 'a comemorar', médicos explicam os motivos de MS não ter chegado ainda a 'imunidade coletiva'
Silvia Uehara detalhou que na conta da ‘imunidade coletiva’ crianças devem ser incluídas

Medidas de biossegurança devem prosseguir

Ambos os infectologistas foram categóricos ao apontar que as medidas de biossegurança, mesmo em um “cenário mais confortável”, devem continuar. “Ainda não podemos deixar de praticar as medidas de proteção individual, como: lavar as mãos, usar as máscaras corretamente, usar o álcool em gel, dentre outras medidas”, diz Venâncio.

Para Silvia Uehara, o atual momento da pandemia em Mato Grosso do Sul não pode ser associado a grandes flexibilizações e o descarte total das medidas de segurança.

Fonte: G1 MS