2 de Mayo, de Pedro Juan Caballero, recebe o Club General Caballero JLM da cidade Doctor Juan León Mallorquín.
A cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, será o palco de um evento esportivo inédito neste domingo (16), à partir das 18 horas, horário do Paraguai (17 h MS), no Estádio Rio Parapiti. Pela primeira vez, a final da Copa Paraguai será disputada exclusivamente por equipes do interior do país, prometendo grande mobilização econômica e esportiva na região.
O confronto será entre o Sportivo 2 de Mayo, de Pedro Juan Caballero, e o Club General Caballero JLM da cidade Doctor Juan León Mallorquín e acontece pela primeira vez na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
A expectativa é que o evento lote a cidade, similar ao que ocorre com grandes encontros de motociclistas, dada a importância da final para ambas as torcidas. O Sportivo 2 de Mayo, ao chegar à final, já fez história ao eliminar o Guaraní.
“A trajetória do 2 de Mayo, que irá disputar a final da Copa do Paraguai, que é equivalente à Copa do Brasil nossa, é muito bonita. Além disso, com a vitória desta quarta-feira, o time garantiu vaga na Copa Libertadores de 2026. É um grande feito”, comemora o jornalista Antônio Coca, que é cronista espotivo e presidente da Acms (Associação dos Cronistas Esportivos do MS).
Coca acompanha de perto o time fronteiriço nos últimos anos, com narrações de partidas, algumas delas acompanhadas pelo jornalista Fábio Dorta, que também celebrou a chegada do ‘Gallo Norteño’ à Libertadores.
“Garantir a vaga na Libertadores é reflexo de várias pequenas conquistas, dentro e fora de campo, que o time foi adquirindo ao longo do tempo, demonstrando que é possível fazer frente aos times tradicionais da Capital, os quais possuem maior poder aquisitivo e tradição”, comenta o economista Eduardo Buso, morador em Dourados.
Veteranos da ‘Guerra do Chaco’
O Club Sportivo 2 de Mayo foi fundado em 6 de dezembro de 1935 por um grupo de veteranos do Regimento de Infantaria nº 1, 2 de Mayo, que havia servido no conflito entre Paraguai e Bolívia, na Guerra do Chaco, de 1932 a 1935.
O clube foi criado especificamente como uma homenagem a esses soldados e ao seu regimento. O nome do clube remete a uma data de grande significado militar na história paraguaia.
O apelido do time, ‘Gallo Norteño’ (Galo do Norte), também carrega o peso dessa identidade regional forte, ligada à região de Pedro Juan Caballero e à memória dos combatentes do Chaco.
Essa fundação póstuma ao fim da guerra, por aqueles que lutaram nela, confere ao clube uma profundidade histórica rara no futebol, ligando esporte, memória e honra militar.
Fonte:Midiamax


