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Comissão de MS cobra cirurgias não pagas do Hospital do Trauma

Emendas travadas na saúde e pedido de aumento de repasse também foram discutidos com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta

16/01/2019 12h – campograndenews

Comissão formada pelos secretários de Saúde de Mato Grosso do Sul e Campo Grande, além do presidente da Santa Casa, levou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Brasília, reivindicações do Estado. Entre as demandas, a cobrança de cirurgias feitas no Hospital do Trauma, desde sua abertura, em setembro passado.

Segundo presidente da Santa Casa, hospital no qual o Trauma é ligado, Esacheu Nascimento, a cobrança ao Ministério da Saúde é com relação à portaria que estabelece o funcionamento completo do Hospital do Trauma.

Hoje, 51 leitos estão sendo utilizados e o centro cirúrgico parcialmente. Ainda de acordo com o presidente, não há, por enquanto, repasse parte da Prefeitura de Campo Grande, nem do Estado, referente à unidade de ortopedia.

“Fomos solicitar [ao ministro da Saúde] a prioridade nesta prestação. A Santa Casa fez sua parte, mas até agora não veio o recurso. Precisamos unir esforços. Nossa meta é ampliar os serviços”.

O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, afirmou que o ministro Mandetta deve dar um posicionamento até segunda-feira (dia 21) sobre a questão do Hospital do Trauma, além das outras reivindicações. “Com a abertura total, desafoga e melhora o fluxo de pacientes de Campo Grande e do interior”.

Entregue em maio de 2018, depois de 20 anos do início da obra, o Hospital do Trauma abriu em setembro, mas parcialmente. A unidade é alvo de inquéritos pela situação, inclusive. O MPMS apura a “integral implementação/funcionamento da unidade”. Já o MPF-MS instaurou procedimento para investigar as “dificuldades para o início do funcionamento da unidade do Trauma no Hospital Santa Casa”.

Apenas 51 leitos da enfermaria, dos 126 leitos do Hospital, são utilizados. Do número total de leitos da Unidade, 100 são da enfermaria, 10 da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 2 de isolamento e os restante, para pequenos procedimentos.

Outras demandas – Ao ministro da Saúde, os representantes levaram, ainda, o pedido de liberação de emendas parlamentares destinadas aos hospitais do Estado, em anos anteriores. Segundo Geraldo Resende, Mandetta ficou de fazer um levantamento sobre os documentos enviados pela antiga gestão da secretaria e informar o que falta para entregar.

Segundo Ademar Vieira Junior, que ocupa o mandato de Mandetta, aberto porque o parlamentar assumiu o cargo de ministro, a comissão fará um levantamento para saber quanto em dinheiro representa as emendas travadas.

Outro pedido, afirma, foi o aumento de repasse de verba federal para os hospitais de Mato Grosso do Sul. Também neste caso, não foi informado um valor exato, que também será levantado de acordo com a justificação de elevação dos serviços prestados pelo SUS (Serviço Único de Saúde) de um ano para o outro.

A reportagem tentou contato com o ministro da Saúde, por ligação e mensagem, mas não obteve retorno. O secretário de Saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela, estava em reunião durante a manhã desta quarta-feira.

No meio, ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. À esquerda, o secretário de Saúde de MS, Geraldo Resende, e, à direita, Marcelo Vilela, secretário de Campo Grande. (Foto: Divulgação/Assessoria).