
O Comitê de Popularização da Ciência e Tecnologia (Comitê Pop Ciência) se reuniu, na terça-feira (3) e quarta-feira (4), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília (DF). Entre outros assuntos, o grupo debateu a definição das diretrizes do que será entregue pelo Programa Nacional de Popularização da Ciência em 2026, especialmente acerca de financiamentos.
Entre as ferramentas centrais para a divulgação científica estão seminários, olimpíadas científicas, museus e centros de ciência e tecnologia, feiras e mostras científicas e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). “Mesmo que já tenhamos conseguido a regularidade de financiamento em muitas chamadas públicas para, por exemplo, feiras e mostras científicas, muitas outras ainda lutam para conseguir o subsídio todos os anos. Então, nosso papel é garantir esse investimento”, explica o titular da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), do MCTI, Inácio Arruda.
O comitê, instalado em dezembro de 2024, é composto por representantes do Governo Federal, instituições científicas, movimentos estudantis, sindicais e outros setores da sociedade civil. “A criação desse comitê foi uma grande conquista. O governo pode fazer política pública sozinho, se quiser, mas a possibilidade de sucesso sempre é maior quando você envolve um conjunto maior e diverso de atores da sociedade”, afirma a diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, Juana Nunes.
Investimento em feiras e mostras científicas
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTI, publicou o resultado da Chamada nº 37/2024, que visa o financiamento de feiras e mostras científicas. O investimento foi de R$ 20 milhões, um valor inédito.
A iniciativa é resultado de parceria entre o MCTI, o Ministério da Educação (MEC), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (Capes) e o CNPq. Esta é a primeira vez que as quatro instituições se unem em um investimento na área.
“A ideia é garantir uma política robusta de estímulo a talentos, a jovens na ciência e tecnologia, à promoção da educação científica e à popularização da ciência nas escolas, nas instituições e nos territórios em todo o País”, comemora o secretário Inácio Arruda.
Por meio da chamada pública lançada em novembro de 2024, o CNPq contemplou 345 propostas nos níveis municipal, estadual, distrital e nacional e de escolas em tempo integral em municípios com até 100 mil habitantes.
Sedes
A Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes) é responsável pela criação de políticas públicas e programas que visam, por exemplo, a popularização da ciência, a educação científica, a tecnologia social, a economia solidária e a segurança alimentar e nutricional.
A pasta também elabora e executa projetos, processos e planos para o desenvolvimento social, além de implementar e gerenciar políticas e programas destinados ao desenvolvimento científico, tecnológico e inovação, considerando os biomas, os povos originários e as comunidades tradicionais.
Entre seus principais projetos estão o Programa Mais Ciência na Escola, o Programa de Popularização da Ciência e Tecnologia (Pop Ciência) e o apoio a seminários, olimpíadas científicas, museus e centros de ciência e tecnologia, feiras e mostras científicas.