Em 2020, Cupertino chegou em Mato Grosso do Sul ao fugir para Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Lá, ele conheceu um homem que o arranjou um emprego como caseiro em um sítio de Eldorado.
Foi condenado nesta sexta-feira (30), a 98 anos de prisão, Paulo Cupertino Matias, por assassinar a tiros o ator de Chiquititas, Rafael Miguel, de 22 anos, e os pais do jovem, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Silva Miguel, de 52 e 50 anos.
Paulo foi condenado, em regime fechado, pelo Tribunal do Júri de São Paulo, por homicídio doloso com as qualificadores de: crime cometido sem chance de defesa das vítimas e por motivo fútil.
O criminoso estava preso desde maio de 2022, após ficar quase 3 anos foragido da justiça. Nesses anos foragidos, Cupertino passou 8 meses em Mato Grosso do Sul.
Estadia em MS
Após o crime, ocorrido em 9 de julho de 2019, Paulo Cupertino teria contado com a ajuda de dois amigos para se esconder.
Em 2020, Cupertino chegou em Mato Grosso do Sul ao fugir para Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Lá, ele conheceu um homem que o arranjou um emprego como caseiro em um sítio de Eldorado.
A passagem de Paulo pelo estado só foi descoberta após a denúncia de uma testemunha que o reconheceu em uma barbearia de Eldorado.
Com a denúncia, ele saiu do estado e só foi encontrado dois anos depois, em um hotel na zona sul de São Paulo. Durante o tempo que esteve foragido, foi procurado em mais de 100 endereços em 10 estados diferentes, além do Paraguai e da Argentina. Ele estava na Difusão Vermelha da Interpol era o criminoso mais perigoso e procurado pelo Estado de São Paulo.
Após as investigações oriundas da denúncia de Eldorado, foi constatado que ele também chegou a se esconder em uma fazenda e passou por um abrigo em Rio Brilhante.
Também foi descoberto que ele utilizou documentos falsos com o nome de Manoel Machado da Silva. Além das documentações, ele levava uma vida discreta e utilizava as máscaras da pandemia para garantir que não fosse ser reconhecido.
Relembre o caso
O crime ocorreu na porta da casa de Isabela Tibcherani, filha de Paulo Cupertino. A jovem, que tinha 18 anos na época do crime, namorava Rafael há cerca de um ano, mas o pai não aceitava o relacionamento.
Rafael e os pais estavam dando uma carona para Isabela quando foram surpreendidos por Paulo, que disparou 13 tiros contra a família. Desses, sete atingiram Rafael (um na cabeça, um no peito, três nas costas e dois no braço esquerdo), João foi atingido por quatro disparos (um no peito, dois no braço esquerdo e um no braço direito) e Miriam acabou baleada duas vezes (uma no peito e outra no ombro).
Segundo depoimentos de Isabela e de sua mãe, Vanessa Tibcherani de Camargo, Paulo era um homem agressivo e ambas tinham um relacionamento conturbado com ele.
Isabela chegou a ficar 8 meses sem celular e sem poder sair de casa, proibida pelo pai. Para se comunicar com amigos e com o namorado, ela contava com o apoio da mãe.
Fonte: Correiodoestado