A demanda de energia elétrica para conexão de data centers cresce no Brasil. Até junho deste ano, o Ministério de Minas e Energia (MME) registrou 52 pedidos de acesso à Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) nos estados do Ceará, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Desses processos, 18 tiveram a alternativa técnica para conexão à Rede Básica reconhecida em portarias pelo MME e outros 34 estão em fase de análise. Apenas neste ano, foram publicadas seis portarias contemplando projetos na Bahia (1), Rio Grande do Sul (1) e São Paulo (4).
Os primeiros pedidos de conexão de data centers à rede elétrica começaram a surgir em 2020. Até maio do ano passado, havia 12 projetos registrados no MME. Em pouco mais de um ano, esse número aumentou 330%. Para o ministro Alexandre Silveira, esse cenário mostra que o Brasil é um destino atrativo para novas instalações tecnológicas: “Nosso país tem um papel muito importante diante da expansão de serviços de inteligência artificial e armazenamento de dados, pois temos recursos energéticos e uma matriz energética renovável. Estamos avançando para tornar o ambiente regulatório ainda mais atrativo e para fortalecer a infraestrutura energética e tecnológica em todas as regiões”, destacou.
De acordo com as informações repassadas pelos consumidores, há uma demanda máxima acumulada que poderá alcançar 13,2 gigawatts (GW) até 2035, em um cenário em que todos obtivessem Pareceres de Acesso favoráveis no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Confira o Painel de Processos de Acesso à Rede Básica aqui.
Desenvolvimento regional
A expectativa é que os data centers sejam abastecidos majoritariamente por fontes renováveis, contribuindo para um sistema elétrico mais limpo e eficiente. Além disso, irão impulsionar empreendimentos e a economia local, aumentando a renda e gerando empregos na região em que se instalarem.
Etapas do processo para conexão à rede SIN
Os critérios para reconhecimento das alternativas de acesso à Rede Básica foram definidos por meio da portaria do Ministério de Minas e Energia nº 24/2014, na qual foi aprovado o “Guia de Procedimentos para Acesso ao Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica e Conexão à Rede Básica do Sistema Interligado Nacional “.
Para emitir portaria que reconhece o ponto de conexão de um consumidor livre à Rede Básica, o MME avalia um Estudo de Mínimo Custo Global. Nessa etapa, são analisadas alternativas para a conexão específica, com base no patamar de demanda declarado pelo consumidor, considerando os custos de investimento e o impacto no aumento das perdas elétricas de cada opção. A solução que apresenta o menor custo global é reconhecida pela portaria, conforme disposto no Decreto nº 5.597/2005.
A partir desse ato do MME, o interessado pode iniciar o pedido de parecer de acesso junto ao ONS, etapa em que a capacidade sistêmica para o atendimento àquela demanda é avaliada. Havendo viabilidade identificada pelo ONS, a etapa seguinte é a assinatura do contrato de uso do sistema de transmissão.
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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