O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) está no 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), em Juazeiro (BA). As atividades vão até este sábado (18.10). Durante o encontro, estão sendo realizadas palestras e debates, que incluem assuntos relacionados à segurança alimentar e nutricional, Programa Cisternas, Fomento Rural, Agricultura Urbana e Periurbana, combate à fome, entre outras ações promovidas pela pasta.
Camila Carneiro, representante da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) do MDS, fez uma apresentação sobre as cozinhas solidárias, destacando o quanto estes equipamentos foram fundamentais durante o período de pandemia e o quanto as cozinhas são um espaço de compartilhamento, além delas terem papel central em territórios tradicionais.
“A cozinha é um espaço muito forte das mulheres, de contar segredos, isso ancestralmente. A cozinha mantém a cultura alimentar viva. É muito importante a gente reconhecer essa diversidade de cozinhas”, pontuou. “A cozinha é um espaço muito forte das mulheres, de contar segredos, isso ancestralmente. A cozinha mantém a cultura alimentar viva. É muito importante a gente reconhecer essa diversidade de cozinhas”, pontuou Camila.
Cirlene Martins é chefe da cozinha no restaurante do Campinho e coordenadora da Cozinha das Tradições no Quilombo do Campinho, Parati (RJ). Ela contou que eles servem alimentações para indígenas, quilombolas e caiçaras.
“A cozinha é um espaço que fortalece na cura e na alimentação da família”, argumentou. “Hoje, nosso grupo tem 72 receitas catalogadas e estamos esperando nosso livro ser publicado. A comunidade tem um jeito diferente de fazer comida. Estamos trocando conhecimentos e queremos incentivar umas às outras”, celebrou Cirlene.
A oficina “Cozinhas Tradicionais como Equipamento de Segurança Alimentar”, reuniu mulheres representantes das cozinhas tradicionais, quilombolas, indígenas e outros representantes da sociedade civil, nesta sexta-feira (17.10), na sede da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf).
Rute dos Santos, moradora da comunidade Praia do Sono, em Parati, compartilhou um trecho de sua história de vida. Para ela a cozinha é um espaço para a troca de saberes. “Meu pai tinha roça, fazia farinha, plantava mandioca, mas ele se foi, deixou o legado e nunca deixaremos de ter essa experiência. Ele deixou para mim essa experiência e eu retomei essa história”, contou.
Suzana Pará Mirim, representante da Aldeia Rio Bonito, em Ubatuba, litoral de São Paulo, contou que além da alegria de ensinar suas filhas a plantarem e cozinharem com amor e respeito à natureza. “Eu ensinei minhas filhas a plantar e cantar para que as sementes cresçam e continuemos cultivando as mandiocas com respeito à natureza.”
Além da roda de conversa, o MDS também realizou os debates: “Quem Planta na Cidade? Identificar agricultoras e agricultores urbanos para fortalecer a agroecologia nas cidades” e o “Diálogo sobre políticas integradas: Cisternas e Fomento Rural como caminhos para a agroecologia”, na tarde de hoje.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome