“Contribuição das mulheres é essencial para um novo padrão civilizatório”, diz Marina Silva na COP30

Marina Silva também destacou os processos realizados pelo Balanço Ético Global (BEG), iniciativa que promoveu conversas em todos os continentes - Foto: Rogério Cassimiro/ MMA

O papel central das mulheres no enfrentamento da crise climática e na construção de um futuro sustentável foi o tema da sessão que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a primeira-dama do Brasil e enviada especial para Mulheres da conferência, Janja Lula da Silva, participaram na manhã desta quarta-feira (19/11), na COP30. A iniciativa integrou a agenda de ação.

“Esse momento é crucial na história da humanidade e a contribuição das mulheres é essencial para um novo padrão civilizatório”, afirmou Marina Silva, ao enfatizar que a população feminina sabe compartilhar a realização e o reconhecimento das ações alcançadas. “Existe uma forma cartesiana que é tudo para o líder. O mundo precisa de  conhecimento, de saber compartilhado. E é isso que estamos fazendo aqui para que a gente tenha um mundo próspero, diverso e sustentável”, ponderou.

Em sua intervenção, Janja compartilhou a experiência de sua recente jornada, como enviada especial da COP30, pelos seis biomas brasileiros, e destacou as mulheres como verdadeiras agentes de resiliência e transformação. “Em cada lugar encontrei dezenas de mulheres que vivem na linha de frente das mudanças climáticas”, explicou. “Mulheres que mesmo convivendo com perdas, escassez, violência e desigualdades seguem criando soluções para proteger a vida, garantir direitos e manter vivas as comunidades”, acrescentou.

A primeira-dama foi enfática ao ressaltar que é preciso fortalecer a presença das mulheres em espaços de decisão e garantir que os recursos cheguem a quem realmente faz a diferença. “Não existe política climática efetiva sem a nossa presença, sem a presença das mulheres, do conhecimento e nossa liderança”, declarou.

Janja descreveu a conferência como um momento gerador de esperança e, ao mesmo tempo, de responsabilidade para avançar na pauta do enfrentamento à mudança e da equidade de gênero. “Cada passo que damos na ação climática é um passo para que as mulheres vivam com mais dignidade. E cada avanço na igualdade de gênero nos aproxima do mundo capaz de superar a crise climática”, considerou.

BEG

A escuta realizada pela primeira-dama com mulheres da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal gerou um documentário que foi veiculado na sessão. A ministra comparou a atividade aos processos realizados no âmbito do Balanço Ético Global (BEG), que envolveu conversas em todos os continentes.

A iniciativa reuniu lideranças indígenas, comunitárias, religiosas, políticas e científicas para debater caminhos para uma transformação ecológica que vá além das soluções técnicas já disponíveis, com compromisso ético capaz de viabilizar sua aplicação.

“O resultado foi um balanço potente que foi entregue ao presidente Lula e ao secretário-geral e que está sendo enviado para tomadores de decisão, chefes, negociadores, que eu espero que seja uma boa direção para amolecer corações na direção daquilo que importa”, salientou Marina Silva.

A ação foi inspirada no mecanismo do Acordo de Paris, e é fruto da articulação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário-geral da ONU, António Guterres, a ministra Marina Silva, o Itamaraty, a Presidência da COP30 e o assessor especial da ONU para Transição Justa e Ação Climática, Selwin Hart.

O processo ainda reforça o mutirão global liderado pela Presidência da COP30 para acelerar a implementação dos acordos climáticos assumidos desde 2015. 

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima