Crédito do Trabalhador converte R$ 37 bilhões em contratos antigos e reforça acesso ao crédito mais barato

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informa que mais de R$37 bilhões, referentes a 2,3 milhões de contratos antigos de crédito consignado, já foram migrados para a plataforma do Crédito do Trabalhador. Ainda restam cerca de 1 milhão de contratos a serem convertidos, a maioria com valores menores.

Com o avanço das migrações, o Crédito do Trabalhador já movimenta R$82,1 bilhões em empréstimos desde o início do programa, em 21 de março de 2025. Ao todo, são 12,2 milhões de contratos que beneficiam mais de 7,1 milhões de trabalhadores, com juros médios de 3,07% ao mês. O valor médio de empréstimo por beneficiário é de R$11,4 mil.

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o Crédito do Trabalhador representa uma mudança significativa na vida de quem mais precisa, ao oferecer crédito acessível e libertar trabalhadores e trabalhadoras das altas taxas de juros do mercado tradicional. “Mais de 50% dos trabalhadores e trabalhadoras que fizeram empréstimos ganham até quatro salários mínimos. Esses trabalhadores e trabalhadoras estão conseguindo sair das mãos do agiota e das mais variadas formas de empréstimos pessoais — como CDC, rotativo do cartão de crédito e cheque especial — que cobram, em média, 11,2% ao mês”, destaca o ministro.

A portabilidade dos contratos segue sendo feita pelos canais dos bancos, mas, a partir de 1º de dezembro, segundo a Dataprev, também estará disponível dentro da Carteira de Trabalho Digital. O governo prepara ainda a implantação do sistema de garantias, medida que deve contribuir para uma nova redução das taxas de juros.

As garantias poderão corresponder a até 10% do saldo do FGTS, 40% da multa rescisória ou 35% das verbas rescisórias. Em caso de demissão, esses valores serão automaticamente utilizados para quitar o empréstimo.

Atualmente, o Crédito do Trabalhador conta com 122 instituições financeiras habilitadas, das quais 79 já realizaram operações de crédito.

Entre os bancos com maior volume de empréstimos estão:

  • Itaú – R$ 16,7 bilhões;

  • Banco do Brasil – R$ 12,2 bilhões;

  • Santander – R$ 11,6 bilhões;

  • Caixa Econômica Federal – R$7,9 bilhões.

Os estados com maior volume de operações são:

  • São Paulo – R$ 29,4 bilhões;

  • Rio de Janeiro – R$ 7,2 bilhões;

  • Minas Gerais – R$ 6,4 bilhões;

  • Rio Grande do Sul – R$ 5,2 bilhões;

  • Paraná – R$ 4,9 bilhões.

Crédito do Trabalhador é um programa inovador que facilita o acesso ao crédito para milhões de empregados do setor privado, promovendo inclusão financeira e maior segurança econômica. O programa permite que trabalhadores celetistas, domésticos, rurais, empregados de MEI e diretores não empregados com direito ao FGTS solicitem crédito junto às instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Os trabalhadores podem substituir dívidas caras, como empréstimos pessoais sem garantia (CDC), carnê de pagamento das financeiras, o rotativo do cartão e o cheque especial, por um crédito com juros significativamente mais baixos. Atualmente, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada, e a expectativa é que, em 4 anos, 25 milhões de pessoas sejam incluídas no consignado privado.

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Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego