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sexta-feira, 29 de março, 2024
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Crueldade: Estudante encontra gato enforcado na frente de casa em Ponta Porã

Animal já estava em putrefação

Uma estudante, residente na Rua Baltazar Saldanha, nas proximidades do Hospital Regional de Ponta Porã, usou a rede social na tarde dessa segunda-feira, dia 18, para expressar sua indignação, repúdio e revolta contra as pessoas que abandonam, maltratam e matam os animais.

De acordo com seu relato, ela conta que há 03 dias jogaram um gatinho na porta de sua casa. Sem condições e nem tempo, mesmo assim, a estudante socorreu e resgatou o bichano, estando inclusive para adoção.

Crueldade: Estudante encontra gato enforcado na frente de casa em Ponta Porã
Gatinho fofo para adoção

Porem, nessa segunda-feira, dia 18, ao sair de casa sentiu um cheiro forte e se deparou com uma cena horripilante. Na frente de sua casa havia um gatinho enforcado, pendurado por uma corda, já apodrecendo.

“Quero registrar aqui a minha indignação com o ser humano, com tamanha maldade no coração, como pode uma pessoa ser tão ruim assim? Porque tanta falta de Deus?!!! Além de abandonar, maltratar, bater, chutar, pisotear os animais, ainda tem a audácia de fazer isso?! Há três dias jogaram um gato na porta de casa onde moro, levei pra casa, e hoje me deparo com essa cena lastimável, não bastasse abandonar, ainda foi CRUEL a ponto de amarrar o gato pelo pescoço, pra que tivesse uma morte lenta, isso no centro de Ponta Porã… sem palavras pra tamanha crueldade.”, relatou a estudante em seu facebook.

A redação do site Pontaporainforma entrou em contato com a estudante, cujo nome é Isis e ela relatou que as pessoas já tem um tempo que estão abandonando os animais na porta da casa onde mora.

“Eu sou estudante, moro de aluguel aqui. Antes eu resgatava, e fui protetora. Mas fiquei doente, e não pude mais ajudar como eu queria”, relatou tristemente a estudante.

Isis pede ajuda para que o gatinho sobrevivente que está em sua casa, seja adotado por alguém que lhe dará amor, atenção e todos os cuidados que um animalzinho necessita. Quem quiser adotar o lindo gatinho, entre em contato com a Ísis no Whatasapp 67 998875279. Vamos ajudar!

Foi aprovada no ano de 2020, a Lei 14.064/2020, que altera a Lei de Crimes Ambientais, aumentando a pena relacionada ao crime de maus-tratos a cães e gatos. A pena passa de, no máximo, um ano e quatro meses para a pena de dois a cinco anos. Segundo Carlos Frederico, professor e coordenador do Grupo de Estudos de Ética e Direitos dos Animais (Geda) da Faculdade de Direito (FD) da USP, e membro do Núcleo de Estudos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, o Diversitas, com a aprovação da lei, caso o réu seja condenado a sentença mais grave, não terá direito ao abrandamento da pena. “Com essa alteração, é possível que alguém, se for condenado a mais de quatro anos de prisão, não tenha direito a comutação da pena, porque, dentre outros requisitos, exige uma pena menor do que quatro anos.”

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cães e gatos estão presentes em 47,9 milhões de domicílios brasileiros. A professora Briseida Rezende, do Instituto de Psicologia (IP) da USP e especialista em comportamento animal, psicologia comparada e psicologia do desenvolvimento, compartilha que a concepção de cães e gatos na história ocidental remonta ao período da era vitoriana. “Pensando bastante em cães, [foi na era vitoriana] que explodiu essa questão do cão e dos humanos convivendo, entrando como um animal de trabalho, com o pastoreio, isso já existia, mas na época vitoriana começa um investimento na produção de raças de cães. Então, os humanos são responsáveis por uma seleção artificial de cães com características consideradas atraentes, o que explica essa empatia que nós sentimos pelos cães e a convivência que nós temos.” Saiba mais em https://jornal.usp.br/atualidades/aumento-de-pena-para-maus-tratos-aos-animais-pode-desestimular-pratica/