A Cúpula Social do Mercosul foi realizada virtualmente nesta quinta-feira (18) e transmitida pelo canal da Secretaria-Geral (SGPR) no YouTube. Participaram representantes de diversas organizações do bloco, formado por cinco países-membros: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
A Cúpula Social antecede a Cúpula de Líderes que será realizada em Foz do Iguaçu (PR) no sábado (20), com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro marca o encerramento da presidência pro tempore brasileira do bloco, iniciada em julho, e que foi caracterizada pelo fortalecimento das articulações políticas, econômicas e sociais entre os países da região e com parceiros externos.
Abertura – Na abertura do evento, o senador brasileiro e presidente do Parlasul – Parlamento do Mercosul, Humberto Costa, lembrou que no processo de integração do bloco existem ações do ponto de vista econômico e político, mas que “nenhuma integração acontecerá se não houver uma forte integração social, com as ações dirigidas a melhorar a vida das pessoas”.
Participaram também da abertura, Rud Rafael, que representa o MTST no Conselho Nacional de Participação Social; Víctor Hugo Lezcano, do Instituto Social do Mercosul; Andressa Caldas, do Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos do Mercosul; e a Embaixadora Gisela Padovan, Secretária de América Latina e Caribe do Ministério de Relações Exteriores do Brasil.
Na visão da embaixadora Gisela Padovan, a Cúpula Social é uma das instâncias mais importantes do Mercosul, porque é a única que se aproxima diretamente das sociedades representadas no bloco. Ela lembrou que por essa razão o Brasil retomou a prática de cúpulas sociais em 2023, que havia sido interrompida por seis anos.
Mesa de debate – Na segunda parte da programação da Cúpula Social, foi realizada mesa de debate com o tema “Potencialidades e desafios apresentados pela conjuntura política regional ao Mercosul como projeto de integração econômica e social”.
Participaram Quintino Severo, Secretário-Geral da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul; Antonella Sleiman, da Rede de Juventudes da Plataforma Semiáridos da América Latina; Viviana Barreto, da Fundação Friedrich Ebert (FES) do Uruguai; Alheli Gonzalez, da Sociedade de Economia Política do Paraguai; Pablo Vommaro, do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO); e Judite Santos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Um tema recorrente da Cúpula Social foi o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia. Distintas visões sobre benefícios e potenciais impactos sobre a economia do bloco foram debatidas. Também estiveram em evidência preocupações geopolíticas, ressaltando o contexto de potenciais ameaças à soberania de países da América do Sul e Caribe.
Fabrício Prado, da assessoria especial de Assuntos Internacionais da SGPR e mediador dos debates, reforçou que o compromisso com o diálogo e a participação social se dá na divergência e na troca de opiniões diferentes. “Aí está a riqueza da democracia e um avanço concreto no projeto de integração”, disse.
Já o secretário-executivo da SGPR, Josué Rocha, encerrou o encontro com o compromisso de encaminhar a declaração final da Cúpula Social, com recomendações feitas pelos participantes, aos líderes do Mercosul no sábado, em Foz do Iguaçu.
“Nesta gestão da Secretária-Geral, nos comprometemos a desenvolver novos espaços para integrar diferentes atores dialogando em relação ao Mercosul e a outros fóruns de interesse”, afirmou o secretário-executivo.
Fonte: Secretaria-Geral


