Anualmente, a chegada das chuvas aumenta o risco de proliferação de mosquitos. Por isso, a melhor forma de prevenir a dengue é impedir sua multiplicação, dentro e fora de casa. Saiba como:
- Elimine água parada: vasos, pratos de plantas, garrafas e pneus podem se tornar criadouros;
 - Mantenha calhas e ralos limpos para evitar o acúmulo de água em casa;
 - Proteja caixas d’água: tampe bem tonéis, barris e reservatórios;
 - Caso tenha piscina, mantenha a água tratada e coberta quando não usada;
 - Descarte o lixo corretamente, já que o acúmulo é fonte de água parada;
 - Use repelente e roupas que protejam, especialmente em áreas de risco;
 - Instale telas nas janelas em regiões de reconhecida transmissão;
 - Reporte possíveis focos de mosquito para a vigilância sanitária;
 - Receba os Agentes de Combate às Endemias em casa quando houver visita, eles são responsáveis por identificar e eliminar focos do mosquito;
 - Assegure a vacinação de crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos.
 
Campanha de prevenção e ações de combate à dengue
Nesta segunda-feira (3/11), o Ministério lançou a campanha “Não dê chance para dengue, Zika e chikungunya” e apresentou o cenário epidemiológico no país, com projeções para o próximo ciclo. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ainda R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial no país.
O Ministério da Saúde também intensifica ações de controle do mosquito transmissor e de vigilância epidemiológica nacionalmente. Para garantir a transparência, os dados de casos de arboviroses ficam disponíveis para todos no Painel de Monitoramento. Atualmente, o Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, uma redução de 75% dos casos de dengue em comparação com o mesmo período do ano passado.
No cotidiano, dentre as ações da pasta, está a fiscalização de imóveis e terrenos, por meio da visitação dos Agentes de Combate às Endemias. Os profissionais realizam ações preventivas junto à população, além de levantar dados. Quando há aumento de casos de dengue em uma região, o popularmente conhecido “carro do fumacê” passa nos bairros espalhando inseticida para matar o Aedes aegypti.
Outra ação importante para reduzir os casos de dengue e outras arboviroses é o método Wolbachia. Nele, a bactéria Wolbachia, presente em 60% dos insetos, é colocada no mosquito. Assim, os vírus não conseguem se desenvolver dentro dele, reduzindo a capacidade de transmissão.
Desde 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina contra a dengue. O imunizante é ofertado no Calendário de Vacinação para o público de 10 a 14 anos de idade, em municípios com altos índices de transmissão.
Como identificar a dengue e agir corretamente
Os sintomas da dengue surgem geralmente entre 4 e 10 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar de leves a graves. Os sinais mais comuns incluem:
- Febre alta de início abrupto;
 - Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos;
 - Dores musculares e nas articulações;
 - Diarreia;
 - Náuseas e vômitos;
 - Dor nas costas;
 - Manchas vermelhas na pele (exantema);
 - Conjuntivite (olhos vermelhos).
 
Em casos mais graves de dengue, os sinais de alerta incluem: Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquido, sangramento de mucosa no nariz e/ou gengiva, dificuldade respiratória e queda de pressão arterial.
Tratamento
O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos, adequada e repouso. A automedicação não é indicada. A pessoa com sintomas precisa procurar imediatamente o serviço de urgência, principalmente em caso de sangramentos. Também é importante retornar para reavaliação clínica conforme orientação médica.
Juliana Soares
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


