Dia cinco da Zona Azul: MMA debate métricas financeiras para a natureza e anuncia 4º Leilão do Eco Invest Brasil na COP30

Secretário-Executivo do MMA, João Paulo Capobianco, durante o painel "Finanças para a natureza e o clima. Experiências no uso de métricas financeiras para a natureza" na COP30. - Foto: Rogério Cassimiro/MMA

As discussões do quinto dia da Zona Azul da COP30, em Belém (PA), foram marcadas por agendas que aproximam inovação financeira, proteção ambiental e planejamento de longo prazo para o enfrentamento da mudança do clima. Também houve o lançamento do 4º Leilão do Eco Invest, voltado ao fomento de projetos de bioeconomia e de turismo sustentável com foco na Amazônia. 

Durante o painel “Acelerando Finanças para Natureza e Clima: métricas financeiras para natureza”, sob coordenação do MMA, foi discutido como métricas claras, comparáveis e confiáveis podem orientar e ampliar o financiamento global para a natureza e o clima. 

Participaram do diálogo o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco; o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn; o representante do Banco Europeu de Investimento (BEI), Richard Alméras; vice-presidente do Banco do Brasil; Ruth Davis, representante especial para Natureza do Governo do Reino Unido, José Ricardo Sasseron; e da diretora para o Ambiente, Alterações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), Yoko Watanabe. A mediação foi do assessor especial de Economia do MMA, André Aquino.

“A mensuração é o primeiro passo para transformar. Sem métricas claras e comparáveis, não conseguimos orientar os fluxos financeiros para atividades realmente sustentáveis, nem dar transparência aos resultados ambientais”, destacou João Paulo Capobianco.

Na sequência, houve o painel “Eco Invest: Mecanismo financeiro inovador para alavancar a bioeconomia no Brasil”, junto com o Ministério da Fazenda. Na ocasião, o governo do Brasil lançou o quarto Leilão do Programa Eco Invest Brasil, iniciativa que integra o Novo Brasil – Plano de Transformação Ecológica. O programa já mobilizou mais de R$ 75 bilhões em investimentos para atividades sustentáveis por meio de instrumentos financeiros inovadores. 

O evento contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (online); do secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco; do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn; e da enviada especial do Reino Unido para Mudança do Clima, Rachel Kyte.

“Todas as edições contaram com alguma inovação, seja a rede cambial, seja a restauração de pastagens. A ideia é demonstrar que a floresta em pé tem mais valor do que a devastada. Queremos apresentar mais essa inovação para inspirar outros países a fazer coisas semelhantes, adaptadas à sua realidade”, afirmou Haddad.

João Paulo Capobianco reforçou que o Eco Invest Brasil é hoje um dos pilares da transformação ecológica do país por três razões: materializa a estratégia de desenvolvimento sustentável; combina recursos públicos e privados para financiar a transição ecológica; e evidencia um compromisso renovado com o financiamento contínuo desse processo.

“O quarto leilão não é apenas mais uma etapa, é um marco. Ele mostra que o Brasil sabe proteger sua floresta, gerar oportunidades e atrair capital que acredita em um futuro sustentável possível”, destacou Capobianco.

O dia contou, ainda, com painéis sobre o transporte no país e suas implicações para a sustentabilidade. Como a mesa “Logística 2050: Antecipando Riscos Climáticos nas Infraestruturas”, realizada pelo Ministério dos Transportes, que tratou sobre o Plano Nacional de Logística (PNL) e debateu instrumentos de governança, política pública e gestão de risco.

Aline Contar, gerente de projeto no Ministério dos Transportes, descreveu os principais pontos do PNL. “Temos um marco conceitual, e esse marco é baseado em dois eixos: risco para a infraestrutura e decorrente da infraestrutura. Em pontos como mitigação das mudanças do clima, adaptação às mudanças do clima e vulnerabilidades socioambientais aos patrimônios naturais e das comunidades.”

Larissa Amorim, do Ministério de Portos e Aeroportos, disse que “a principal lição que aprendemos é: precisamos colocar o processo ambiental dentro do planejamento, dos territórios protegidos”.

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima