
Entre os sucessores do espólio político de Jair Bolsonaro, o filho, Flávio, tem melhor desempenho.
A Paraná Pesquisas ouviu 2.038 eleitores em todo o país e identificou que a maior parte ainda segue sem voto definido para as eleições presidenciais do ano que vem, em um cenário estável para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT Partido dos Trabalhadores, buscar a reeleição. Na pesquisa espontânea, 47,8% dos entrevistados não souberam apontar um candidato. Entre os que citaram algum nome, Lula apareceu com 24%, seguido do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL Partido Liberal, que está inelegível, com 11,4%. Na sequência surge o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, com 4,9%, após ter se declarado recentemente sucessor do espólio político do pai.
Outros nomes lembrados foram o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, com 1,8%; Ciro Gomes, com 1,3%; o governador do Paraná, Ratinho Júnior, com 0,7%; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com 0,4%; os governadores Romeu Zema e Ronaldo Caiado, ambos com 0,2%; e, por último, Renan Santos, um dos fundadores do MBL (Movimento Brasil Livre), com 0,1%.

Na pesquisa estimulada, os pesquisadores testaram vários cenários eleitorais e, em todos eles, Lula aparece em vantagem, com índices próximos de 40% das intenções de voto. Quando o cenário inclui Jair Bolsonaro, Lula registra 36,9% e o ex-presidente, 31,5%, enquanto os demais concorrentes ficam abaixo de 7%. Nesse mesmo levantamento, o nome da senadora Tereza Cristina, do PP, foi incluído e alcançou 1,4%.
Nesse recorte, os percentuais mostraram relativa estabilidade ao longo dos últimos meses. Lula marcou 37% em outubro, 35,6% em novembro e 36,9% agora. Bolsonaro teve 31% em outubro, subiu para 32,1% em novembro e ficou em 31,3% no levantamento mais recente. A senadora Tereza Cristina apareceu nesse cenário pela primeira vez. Lula apresentou maior adesão entre mulheres e nas regiões Nordeste, com 48,9%, e Sudeste, com 35,2%, enquanto Bolsonaro teve melhor desempenho entre homens e nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Sem a presença de Jair Bolsonaro, Lula aparece com 37,6%, tendo Flávio Bolsonaro como principal opositor, que soma 27,8%. Nesse cenário, Tereza Cristina alcança 1,9%. Resultado semelhante é observado quando o adversário é Tarcísio de Freitas, com Lula registrando 37,8% e o governador paulista, 26,2%. Ciro Gomes aparece de forma recorrente como o terceiro nome mais citado. Nesse cenário, Tereza Cristina foi mencionada por 2,5%. Quando o nome testado é o de Michelle Bolsonaro, ela pontua 24,4%, enquanto Lula mantém a média, com 37,2%.
Na pesquisa estimulada com o nome de Flávio Bolsonaro, o levantamento refletiu a declaração do senador de que seria o candidato apoiado pelo pai. As intenções de voto dele saltaram de 19,7% para 27,8% neste mês.
A pesquisa também avaliou quais nomes da direita mais agradam ao eleitorado sem a opção de voto em Jair Bolsonaro. Quase um terço dos entrevistados rejeitou todos os indicados, totalizando 27,3%. Entre os citados, Flávio Bolsonaro liderou com 20,6%, seguido de Tarcísio de Freitas, com 13,7%; Michelle Bolsonaro, com 10,3%; Ratinho Júnior, com 9,8%; Tereza Cristina, com 6%; Ronaldo Caiado, com 4,5%; e Romeu Zema, com 2,8%.
Nesse recorte, a maior rejeição ocorreu no Nordeste, onde 33,3% descartaram todos os nomes apresentados. Flávio Bolsonaro teve melhor desempenho no Norte, Centro-Oeste e Sul, com média de 22%. Tarcísio de Freitas foi mais lembrado no Sudeste; Michelle Bolsonaro, no Norte e Centro-Oeste; Ratinho Júnior, no Sul, com 27,8%; Tereza Cristina, no Nordeste; e Caiado e Zema apresentaram maior expressão nos estados que governam, Goiás e Minas Gerais, respectivamente.

Projeções de segundo turno- A Paraná Pesquisas também simulou cenários de segundo turno. Em uma eventual disputa entre Lula e Jair Bolsonaro, o resultado indicaria empate técnico, com 43,6% para Lula e 43,4% para Bolsonaro. Caso o adversário fosse Flávio Bolsonaro, Lula teria 44,1% e o senador, 41%, percentual inferior ao registrado em outubro, quando Lula marcou 46,7% e Flávio, 37%. Situação semelhante ocorre quando o nome testado é o de Tarcísio de Freitas, com Lula alcançando 44% e o governador, 42%, índices que sofreram pequenas variações desde maio do ano passado.
Quando o cenário inclui Michelle Bolsonaro, Lula mantém desempenho semelhante, com 44,8%, enquanto a ex-primeira-dama registra 41,4%. Já em uma eventual disputa com Tereza Cristina, Lula teria 44,6% e a senadora, 30,3%, o menor percentual entre os nomes da direita testados. No confronto com Ratinho Júnior, o governador paranaense alcança 40,2% e Lula, 43,8%.
Metodologia – O levantamento ouviu 2.038 eleitores entre os dias 18 e 22 de dezembro, em 163 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. A metodologia adotou amostragem probabilística em três etapas: sorteio dos municípios pelo método de Probabilidade Proporcional ao Tamanho, considerando a população eleitora a partir de 16 anos; seleção das localidades pelo mesmo critério; e escolha dos entrevistados por cotas proporcionais de gênero, faixa etária, escolaridade e nível econômico. A pesquisa tem grau de confiança de 95% e margem de erro estimada em 3,4 pontos percentuais no Sudeste, com 860 entrevistas; 4,2 pontos no Nordeste, com 562 entrevistas; 5,6 pontos no Norte e Centro-Oeste, com 321 entrevistas; e 5,8 pontos no Sul, com 295 entrevistas. Do total de entrevistados, 961 eram homens e 1.077 mulheres. Entre eles, 75,8% tinham até o ensino médio completo e 24,2% possuíam ensino superior, grupo que reuniu 494 pessoas.
Fonte: Campograndenews

