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terça-feira, 16 de abril, 2024
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Em Pedro Juan Caballero, novenário de Caacupé é proibido e farra é liberada!

Pela primeira vez na história, novenário e tradicional peregrinação para a Virgem de Caacupé não acontecerá.

Devido a pandemia do COVID-19, a situação epidemiológica do Paraguai não permitiu a tradicional peregrinação à Basílica de Caacupé, que reúne milhares de fiéis todos os anos celebrando o dia da padroeira do Paraguai comemorado 8 de dezembro; As celebrações neste ano serão totalmente online.


A cena vista na manhã desta Segunda-Feira (7) no santuário da Virgem de Caacupé, nas margens da “Ruta V” em Pedro Juan Caballero, divisa com Ponta Porã, amanheceu vazia se comparada aos anos anteriores.


O local que era ponto de partida da peregrinação na fronteira, costumava receber por ano mais  de 2 mil fiéis. Já na manhã de hoje, foi possível observar que mesmo com a pandemia, alguns fiéis seguindo os protocolos de segurança se dirigem até a imagem da santa para deixar suas preces e agradecimentos.


Se por um lado as restrições e decretos não permitiram a realização do novenário e da tradicional peregrinação este ano a fim de conter aglomerações, o cenário que encontramos ao dar uma volta no centro de Pedro Juan Caballero aos finais de semana, principalmente de noite, é de aglomeração sem controle na beira dos postos de gasolina com música alta, bares lotados e até mesmo festas de música eletrônica e shows de funk com artistas do Brasil.

Desde o dia 14 de Novembro, o governo paraguaio emitiu um decreto presidencial seguindo à risca as medidas sanitárias para conter o avanço do vírus, em compensação ainda falta fiscalização por parte das autoridades em Pedro Juan Caballero, festas acontecem todo final de semana até o amanhecer sem seguir os protocolos de saúde. Vale a pena lembrar que a cidade não possui leitos hospitalares o suficiente e do lado brasileiro por exemplo, falta vaga para quem precisar.


É uma pena tirarem dos fiéis da virgem de Caacupé o direito de manifestarem a sua fé, mesmo seguindo os protocolos de segurança e com capacidade reduzida, proibiram a tradicional procissão e o novenário com missas   e enquanto isso, os bares, festas e shows de funk e música eletrônica  continuam lotados sem nenhuma fiscalização em nosso país vizinho.

Por: Wagner Júnior