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sábado, 27 de abril, 2024
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Em Ponta Porã, trabalhadores tem imagem divulgada como se fossem bandidos

Quem compartilha noticia falsa é responsabilizado

Todo cuidado é pouco quando for compartilhar uma notícia. Importante é averiguar a veracidade do que se está compartilhando, pois pode ser um caminho sem volta e trazer consequencias sérias.

Em Ponta Porã, por volta do meio dia desse sábado, dia 09, um áudio sem data e horário, foi postado em grupos de whatsapp, onde uma senhora relata a tentativa de assalto na região da Vila São Domingos e depois, surgiu, a foto de dois homens em uma moto, sendo um de camiseta branca e outro de camiseta preta e junto com a foto um áudio, apontanto os rapazes como ladrões que começou a ser compartilhada em facebook e grupos de whatsapp, porem, os dois homens da foto são trabalhadores, exercem a profissão de pintores.

Familiares dos dois homens, cuja foto está rolando nas redes sociais, estão preocupados com o desenrolar dos fatos e também com muito medo que esses trabalhadores sejam confundidos com bandidos e acabem por sofrer algum tipo de violência.

De acordo com informações repassadas ao site Pontaporainforma, os rapazes da foto tirada, são pintores e estiveram a tarde toda trabalhando na residência de um policial militar do 4º BPM de Ponta Porã, inclusive, o pai de um dos rapazes também estava no local trabalhando e a foto foi tirada quando os rapazes foram para casa, depois de um dia de trabalho.

Os familiares e os rapazes, vítimas de fake news, já foram até a Delegacia, onde a ocorrência foi registrada, inclusive com prints de todas as pessoas que publicaram em facebook e grupos de whatsapp, onde todas as medidas cabíveis serão tomadas para que os que compartilham fake news sejam responsabilizados em conformidade com a Lei.

Quando um indivíduo, também influenciado por tais características, compartilha uma Fake News, pode sim estar cometendo crime. Se a notícia falsa for difamatória, por exemplo, e divulgada na íntegra pelo sujeito que compartilha, poderá suportar as sanções penais. Aliás, o mero compartilhamento de uma Fake News pode resultar a quem compartilhou a obrigação de um pagamento de indenização à vítima da mentira.

Portanto, a situação das Fake News modificou a responsabilidade de todos na internet, obrigando-os a conferir a informação antes de publicá-la ou compartilhá-la.

O único jeito possível se eximir de qualquer responsabilidade é não compartilhando, ou seja, se não for verificada ou não for possível verificar a veracidade da notícia, deve-se nunca compartilhá-la. (Fonte: Canal Ciências Criminais).

Um dos casos de fake news que mais teve repercussão, foi o caso de Fabiane de Jesus, confundida com uma sequestradora que nunca existiu, e linchada até a morte.

No sábado, 3 de maio do ano de 2014, uma multidão, revoltada, acompanhava Fabiane Maria de Jesus, 33, mãe de duas filhas, arrastada e agredida numa via-crúcis que durou cerca de duas horas. Ela acabou sendo resgatada, mas morreu dois dias depois.

Dias antes do linchamento, uma página no Facebook chamada “Guarujá Alerta”, com 56 mil curtidas, publicou informações sobre “uma mulher que está raptando crianças para realizar magia negra”, supostamente na região. Além da frase “se é boato ou não devemos ficar alerta”, o administrador postou imagens: um retrato falado (associado a um crime cometido no Rio, em 2012) e a foto de uma mulher loira, que tampouco tinha a ver com o caso.

As duas eram bem diferentes entre si. E nenhuma delas parecia Fabiane, que morreu ao ser confundida com a tal sequestradora. A história fica ainda pior pelo fato de a criminosa em questão nem sequer existir: à época, depois a polícia elucidou, não havia nenhuma denúncia de sequestro de crianças em Guarujá. Relembre o caso: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html