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Em sua coluna, Tião Prado faz um balanço das eleições e seus reflexos

Mulheres do estado não conseguem eleger uma representante para a Assembleia Legislativa

09/10/2018 10h45 – Divulgação (TP)

Em nosso espaço vamos tratar do tema eleições 2018, causas, consequências e saldo.

Vamos tratar de temas primordiais, em situações muito distintas e que afeta de maneira direta, o cotidiano da nossa cidade e de nosso estado.

Hoje, depois de terminado o pleito que elegeram senadores, deputados federais e deputados estaduais, se ouve um grande burburinho nas rodinhas de conversas em Ponta Porã, e isso é normal, e é daí que sai as grandes decisões.

Na eleição municipal de Ponta Porã em 2012, o agora prefeito Hélio Peluffo Filho (PSDB), perdeu a eleição para o então vereador Ludimar Novais (PPS). Terminado o pleito, o candidato derrotado Hélio Peluffo foi convidado para integrar a equipe do prefeito Maurilio Azambuja, em Maracaju. Em Maracaju, Peluffo trabalhou muito e ajudou o prefeito a cuidar bem daquela cidade e isso foi primordial, não ficou na porta dos bares ou dos botecos reclamando de tudo e de todos.

Voltou para Ponta Porã e foi eleito prefeito nas eleições de 2016, com uma ampla margem de votos porque ele fez o óbvio, saiu da zona de conforto, da fila dos que reclamam, fez a diferença e esta trabalhando e procurando fazer o melhor para sua cidade natal.

É nesse ponto que quero chegar. Não adianta ficar por aí falando que se o prefeito tivesse ajudado teríamos um deputado federal ou dois, ou três deputados estaduais.

Temos que sair da fila dos que reclamam e fazer a nossa parte. A própria senadora eleita Soraya Thronicke disse isso em sua entrevista, falando de sua vitória em cima dos pesos pesados da politica como Moka e Zeca do PT, os ‘primos’ políticos. Ela foi para as ruas na campanha ” Fora Dilma” e depois então, resolveu sair candidata a senadora. Saiu da zona de conforto e foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul.

Énesse ponto quero aqui cobrar as mulheres. Isso mesmo, as mulheres que hoje são 53 % dos eleitores e mãe, irmã ou parente dos outros 47 % dos homens eleitores. Pois bem, desde 1994 a Assembleia Legislativa do estado contava com mulheres deputadas em seu plenário, e nesta eleição de 2018, o nosso estado será o único da federação a não ter uma representante das mulheres no palácio Guaicurus. Lamentável.

E o mais triste é que vimos nas ruas centenas de milhares de mulheres protestando, xingando, vaiando e gritando mais do que nunca, mas na hora de votar, foram ‘machistas’ e votaram nos homens. Aqui em nosso estado, o #Elenão, virou o #Elanão na Assembléia Legislativa. Muito triste isso, triste mesmo.

Vamos agora para o assunto: voto nos candidatos ‘caseiros’, os da terra, ou que moram em Ponta Porã. Tivemos vários candidatos a deputados federais e estaduais, mas a votação desses candidatos não foi o esperado. Uns culpam essa ou aquela pessoa pelo fracasso de nossa cidade nas urnas, mas novamente eu me pego em dados e mostro uma triste realidade. Dos 63.352 eleitores de Ponta Porã (não é uma conta oficial), tivemos uma abstenção de 23 %, ou 18.245 eleitores não compareceram para votar, anularam o voto ou votaram em branco. Esse montante daria para eleger um deputado estadual e sobrava votos.

Então dos 45.101 eleitores que foram votar, 12.324 votaram nos candidatos de Ponta Porã, enquanto que 32.777 pulverizaram seus votos em vários outros candidatos, e nesse ponto não vou polemizar, porque o voto é livre, é a democracia e o eleitor vota em quem quiser, em quem tiver vontade, mas depois não tem de quem cobrar melhorias para a cidade.

Mas, um eleitor da época do voto impresso, me disse que todo mundo que quis sair candidato a deputado estadual saiu, então, temos que fazer um movimento grande e forte por Ponta Porã e lançar dois nomes a deputados estadual e um a federal e fazer de tudo para eleger essas pessoas, mas tem sempre o mas…

Nossos heroicos candidatos a deputados estaduais fizeram juntos 32.780 votos em todo estado. A candidata Raquel Portiolli foi a mais votada da cidade com 7.389, ficou na primeira suplência do PSL, e olha que se o PSL saísse sozinho tinha eleito três deputados, uma vez que a votação do capitão Contar e do Cel. Davi deu margem para eleger dois deputados com pouco mais de 11 mil votos.

Pra finalizar o assunto, isso se chama, ‘jogo politico’. Vamos repensar uma serie de fatores e lá na frente, em 2022, quem sabe mais maduro com as pauladas que as eleições nos dá, podemos tentar a grande união para eleger deputados federais e estaduais, sendo que tivemos um senador, dois deputados federais e vários deputados estaduais.

Segue a vida….

Em sua coluna, Tião Prado faz um balanço das eleições e seus reflexos