Garantir alimentação de qualidade e combater as desigualdades nutricionais são parte da Estratégia Alimenta Cidades, uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan).
A partir dos aprendizados com a implementação das fases iniciais, o MDS lançou, nesta sexta-feira (5.12), a expansão da iniciativa para até 1.000 municípios, a partir de 2026.
O aumento dos municípios contemplados foi batizado de Alimenta + 1.000 e consolida a estratégia como eixo estruturante de combate à fome. A expansão reforça o compromisso do MDS em apoiar a construção de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis nas cidades.
A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, destacou que a iniciativa oportuniza o diálogo em torno dos sistemas alimentares urbanos. “Estamos chamando a atenção dos municípios para ampliar o acesso aos alimentos saudáveis para a população vulnerável que sofre com a insegurança alimentar.”
O MDS tem ofertado um trabalho de mapeamento da agenda alimentar urbana e desenhado rotas de implementação dos sistemas alimentares em cada um dos municípios.
“Para nós é muito importante expandir esta agenda. Chegar a mil municípios significa avançar com a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), chamar mais atenção sobre a importância de termos agendas alimentares, não só por parte dos municípios, mas também dos estados, do Governo Federal, e o quanto a agenda de alimentação é central ainda em nosso país e precisa ser objetos de políticas públicas”, destacou Rahal.
A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, participou do webinário que lançou o Alimenta Cidades + 1000 e explicou como as mudanças climáticas impactam no acesso aos alimentos saudáveis.
“Estamos em um contexto de um novo regime climático, que traz muitos desafios para a produção, oferta e acesso de uma alimentação saudável e de qualidade. Por isso, é tão importante a gente ter um sistema de segurança alimentar forte e a Estratégia Alimenta Cidades dialoga com todos esses desafios”, ressaltou Burity.
A iniciativa busca ampliar o alcance da estratégia ao garantir que mais territórios possam discutir e planejar ações que favoreçam o acesso regular a alimentos adequados e saudáveis, com foco em territórios periféricos urbanos e populações em situação de vulnerabilidade e risco social em regiões classificadas como desertos e pântanos alimentares.
A Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nas Cidades foi instituída pelo Decreto Presidencial nº 11.822, de 12 de dezembro de 2023, com foco em fortalecer políticas alimentares em territórios urbanos periféricos. A iniciativa está sendo implementada em 102 municípios. Destes, 60 municípios foram atendidos em 2024 e ocorreram duas ampliações em 2025, 24 em todo o país e mais 18 municípios do Rio Grande do Sul.
Objetivo da Expansão
– Apoiar até 1.000 municípios na implementação da Estratégia Alimenta Cidades;
– Fortalecer políticas públicas de segurança alimentar e nutricional;
– Promover inovação em busca de soluções que apoiem sistemas alimentares saudáveis, sustentáveis, resilientes e circulares;
– Compartilhar conhecimentos, experiências e políticas efetivas a partir da cooperação nacional e internacional entre cidades, países e regiões;
– Construir estratégias coletivas de apoio técnico e institucional do Governo Federal;
– Impulsionar as cidades na formulação de políticas públicas estruturantes que respondam às necessidades locais;
– Fortalecer a capacidade institucional das cidades, aprimorar a comunicação e ampliar o diálogo para níveis regionais e globais;
– Fomentar o acesso a financiamentos para as cidades crescerem de forma sustentável, inclusiva e inteligente.
Pilares
– Livre adesão do gestor municipal;
– Fortalecimento de capacidades institucionais locais;
– Mentorias temáticas especializadas;
– Cooperação horizontal nacional e internacional;
– Inovação aberta para a busca de soluções;
– Fortalecimento do olhar integrado para todas as etapas do Sistema Alimentar Urbano;
– Fortalecimento do Sisan;
– Ferramentas digitais para o apoio técnico-institucional coletivo: Plataforma Alimenta Cidades e Trilha Alimenta Cidades.
Adesão
A manifestação de interesse será feita por meio de formulário eletrônico disponível na Plataforma Alimenta Cidades. Se houver mais de 1.000 municípios interessados, a priorização seguirá: Cidade participante no Protocolo Brasil Sem Fome; ser município das regiões Norte e Nordeste.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome


