Ex-presidente passará por procedimento para tratar uma hérnia inguinal

Hugo Motta participou da escolha do novo ministro Mario Agra /Câmara dos Deputados/Arquivo

Presidente da Câmara admitiu que ano contou com ‘desafios e embates’, mas citou avanços na aprovação de pautas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que, apesar de um ano cheio de “desafios e embates”, não houve ausência do Congresso Nacional em relação ao poder Executivo.

“Não tivemos um ano fácil. Foi um ano de grandes desafios, de embates, mas um período em que o Congresso Nacional não faltou ao governo do senhor [presidente Lula]. Tivemos aprovações importantes, que dão ao senhor a certeza de que o governo encerra o ano muito melhor do que iniciou“, afirmou Motta na posse do novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano, nesta terça (23).

Além disso, o parlamentar citou pautas que, na avaliação dele, foram importantes para construir um país mais justo e melhorar a qualidade de vida da população.

Entre eles, estavam a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 e a diminuição de benefícios ficais para empresas.

Motta também afirmou que a parceria entre Executivo e Legislativo vai continuar no ano que vem. “Entramos em 2026 com a certeza de que a nossa parceria e o diálogo continuarão sendo francos, verdadeiros e transparentes.”

Novo ministro

Motta também deu o aval da indicação de Gustavo Feliciano, em um aceno do Executivo ao União Brasil, partido que deixou a base governista, e a Câmara dos Deputados.

Segundo o parlamentar, a escolha de Lula demostra a sua acessibilidade política e capacidade de agregar do chefe do Executivo, que traz ao ministério um “paraibano jovem”, que tem um currículo de dedicação a área.

“Eu não tenho a menor dúvida de que ele contará não só com o apoio do senhor [Lula], mas também com o apoio do Parlamento para ajudar na sua gestão, com recursos e com ações, para que juntos possamos fortalecer cada vez mais as iniciativas que façam do Brasil um destino político buscado por todos, onde as pessoas que cheguem aqui sejam bem recebidas e saiam com vontade de voltar”, ressaltou Motta.

Entenda

O nome seguiu uma indicação do presidente da Câmara, que estava presente em encontro que formalizou o convite de Gustavo Feliciano ao Ministério do Turismo. O nome também foi levado ao chefe do União Brasil, Antônio de Rueda.

A escolha acabou com um gesto duplo, à Câmara e ao partido, que rompeu com o governo Lula em setembro deste ano. A legenda chegou a determinar que todos os filiados precisariam deixar cargos no governo.

A posição não foi seguida por Celso Sabino, agora ex-ministro do Turismo, e que deixou o cargo no dia 17 de dezembro, após uma crise interna com partido e que levou à sua expulsão da legenda no início do mês.

No âmbito do Congresso, o nome acena a Motta e à busca do governo pela ampliação da base entre deputados. As previsões de líderes ligados ao Planalto é de que a situação possa fidelizar ao menos parte do apoio do União a votações defendidas pelo governo.

O partido conta com 59 deputados. Pelas estimativas de parlamentares governistas, a troca pode aproximar cerca de 30 desses parlamentares.

O presidente da Câmara também reconheceu que a escolha por Feliciano deve ajudar o governo Lula na interlocução com o Congresso.

“Essa decisão se deu por construção política, por uma parte da bancada do União que deseja participar do governo“, afirmou Motta a jornalistas, na semana passada.

Fonte: R7