Os crimes foram praticados nas prefeituras de Água Clara e Rochedo
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), denunciou dez pessoas, entre as quais secretárias municipais, servidores públicos e empresários, por organização criminosa, fraude em licitação e corrupção.
Os crimes foram praticados nas prefeituras de Água Clara e Rochedo, ambas administradas pelo PSDB. Todos os envolvidos estão presos.
Na Justiça, o MP separou os processos e, inicialmente, apresentou denúncia referente aos crimes praticados na prefeitura de Água Clara, cidade de cerca de 18 mil habitantes.
Conforme as investigações, o grupo teria arrecadado em torno de R$ 10 milhões no período de 2022 a início de 2025.
A denúncia ofertada ocorreu no âmbito da “Malebolge” [pecados de fraude], operação do Gaeco, deflagrada em fevereiro deste ano. Embora a investida dos investigadores tenha ocorrido há dois meses, os criminosos já eram ‘espionados’ desde 2023.
Os dez implicados foram denunciados por integrar organização criminosa, fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e passiva e falsidade documental, crimes que superam, se condenados, com folga, a pena de dez anos de prisão.
Ainda, conforme o Gaeco, as licitações eram fraudadas com ajuda dos servidores que, para criar um aspecto de legitimidade, simulavam as concorrências com documentos falsos.
A secretaria municipal de Educação era quem mais promovia as licitações. Os materiais adquiridos eram superfaturados ou, nem sequer, entregues.
Fonte: Midiamax