Os contratos futuros de açúcar registraram nova queda nesta terça-feira (10) nas bolsas internacionais. O movimento foi impulsionado pela expectativa de aumento no superávit global da commodity na safra 2025/2026.
De acordo com a consultoria internacional Covrig Analytics, especializada no mercado de açúcar e etanol, a projeção para o excedente mundial foi elevada de 4,1 milhões para 4,2 milhões de toneladas, conforme dados divulgados pelo Barchart.
Melhora nas condições climáticas na Ásia pressiona ainda mais os preços
Outro fator que contribuiu para o recuo dos preços foi o início das monções, que melhoraram as perspectivas de produção de açúcar na Índia, Tailândia e China, segundo informações de comerciantes ouvidos pela Reuters.
Com esse cenário, os contratos na bolsa de Nova York seguem operando próximos das mínimas registradas nos últimos quatro anos.
Posições especulativas podem gerar correções de curto prazo
Apesar da tendência de queda, analistas apontam que a forte posição vendida de especuladores pode provocar correções pontuais de curto prazo, mantendo o mercado volátil.
Desempenho nas bolsas internacionais
Na ICE Futures, de Nova York, todos os contratos de açúcar bruto fecharam em baixa:
- Julho/2025: queda de 19 pontos, negociado a 16,48 centavos de dólar por libra-peso
- Outubro/2025: recuo de 16 pontos, cotado a 16,85 centavos de dólar por libra-peso
Na ICE Europe, em Londres, o comportamento foi semelhante:
- Agosto/2025: redução de US$ 4,60, encerrando o dia a US$ 467,80 por tonelada
- Outubro/2025: baixa de US$ 5,20, negociado a US$ 463,40 por tonelada
Mercado interno: açúcar cristal em queda
No mercado brasileiro, o açúcar cristal também apresentou recuo. Segundo o Indicador Cepea/Esalq da USP, a saca de 50 kg foi negociada a R$ 130,08, queda de 1,81%.
Etanol hidratado registra valorização
Na contramão do açúcar, o etanol hidratado teve leve alta. Conforme o Indicador Diário Paulínia, o metro cúbico do biocombustível foi comercializado a R$ 2.643,00, com valorização de 0,78%.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio