O podcast Fala MDS desta sexta-feira (07.11) celebra o primeiro ano do Programa Acredita no Primeiro Passo. O convidado deste episódio, secretário de Inclusão Socioeconômica, Luís Carlos Everton, fez um balanço dos resultados da iniciativa voltada para o público do Cadastro Único e apontou as perspectivas para 2026. O Acredita atua na oferta de microcrédito, na capacitação e na empregabilidade do público do CadÚnico e já mudou a realidade de milhares de brasileiros que pretendiam empreender ou em ter um emprego com carteira assinada.
Luís Carlos Everton explicou que o Acredita surgiu da necessidade de criar oportunidades para os 94 milhões de brasileiros no CadÚnico. O diferencial foi a criação de um fundo garantidor inédito, com aporte inicial do Governo do Brasil de R$1 bilhão. “O sistema financeiro para se conceder um crédito precisa de garantia. E esse público nosso vulnerável não tem o que oferecer em garantia. Além disso, o fundo garantidor do Acredita é destinado a pessoas física. Os fundos garantidores existentes eram destinados apenas pessoas jurídicas”, explicou o secretário.
Para acessar o microcrédito por meio do Acredita, o pequeno empreendedor inscrito no CadÚnico não paga taxa de adesão. De acordo com o secretário, o fundo tem potencial para alavancar R$ 12 bilhões em microcrédito. Outro ponto observado na conversa refere-se à baixa inadimplência dos créditos concedidos via Acredita, que são de apenas 0,36%.
Apesar de apenas um ano em execução, o Acredita acumula resultados positivos. “Fechamos basicamente com 169 mil pessoas atendidas, 1 bilhão e meio de reais em crédito aplicados”, apontou Luís Carlos Everton. Dentre os beneficiados, 68% são mulheres, o público prioritário do Acredita no Primeiro Passo.
Empregos e capacitação
Ainda no Fala MDS, o secretário falou sobre os outros dois eixos que estruturam o programa: os empregos registrados destinados ao público do CadÚnico e a capacitação deste público para vagas apontadas pelo mercado de trabalho e empresas parceiras. “As pessoas para sair da situação de vulnerabilidade precisam ser capacitadas. Capacitadas no foco nos empregos disponíveis no mercado e nos negócios que são viáveis”.
Mais de 1 milhão de empregos de pessoas oriundas do Cadastro Único foram registrados no saldo positivo do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged). Na área de qualificação para o emprego ou para o empreendedorismo, Luís Carlos Everton destacou a importância da educação financeira. “Fizemos uma parceria com a VISA para 200 mil capacitações em formação financeira. O objetivo é que as pessoas possam saber como gerir seus negócios. Já com a Neoenergia formamos mais de 400 mulheres eletricistas, uma área que ocupada basicamente por homens”.
Para o secretário, o que mais impacta no Acredita são as histórias das pessoas que foram beneficiadas. “Nós temos o caso da Patrícia, de Fortaleza, que recebia o Bolsa Família e varria um salão. Ela era chamada de Patrícia do Bolsa Família. De repente, ela aprendeu a cortar cabelo e passou a ser cabeleireira. Com apoio do Acredita, montou um salão de beleza e ela passou a ser chamada Patrícia empresária. É isso que o programa se propõe a fazer. É levar as pessoas da situação de vulnerabilidade à classe média”, concluiu.
Para o segundo ano do programa, as metas são aplicar R$ 2,5 bilhões em crédito em parceria com os bancos e cooperativas de crédito, expandir o Acredita para todo o Brasil, atingir 4 milhões de empregos registrados e capacitar 1 milhão de pessoas, com ajuda dos Institutos Federais e das empresas e instituições parcerias.
“Estamos criando oportunidades que a sociedade desejava. As pessoas não querem ficar de eterno no Bolsa Família, as pessoas querem emprego, querem ter mais estabilidade nos seus negócios, querem crescer, querem ir para a classe média. Então nós estamos realmente acreditando nessa oportunidade”, ressaltou o secretário de inclusão socioeconômica.
Onde ouvir
O Fala MDS tem episódios semanais, publicados às sextas-feiras, e está disponível nas plataformas Spotify, Amazon, Deezer, Apple Podcasts e SoundCloud. O podcast também é distribuído às rádios de todo o país que queiram veiculá-lo.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome


