Finanças sustentáveis e inovação marcam participação do Mapa em painel na Blue Zone

A ampliação das finanças sustentáveis para acelerar a transformação dos sistemas agroalimentares pautou o painel “Bridging the Finance Gap for Agrifood Transformation: Public and Private Sector Roles to Drive Ambitious Investment”, realizado no Super Pollutant Solutions Pavilion, na Blue Zone, nesta sexta-feira (15). O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi representado pelo auditor fiscal federal agropecuário Luis Rangel, que participou do debate ao lado de especialistas do setor financeiro e de empresas com atuação em mercados de baixo carbono.

O painel reuniu a equipe de sustentabilidade de uma empresa brasileira de alimentos e representante do setor financeiro, compondo uma mesa que trouxe diferentes visões sobre o avanço dos investimentos em agricultura sustentável e de baixa emissão. As discussões destacaram o papel estratégico da cooperação entre governo e iniciativa privada para criar instrumentos financeiros capazes de gerar tração e escala na transição agroambiental.

Rangel apresentou a experiência brasileira na evolução do crédito rural, ressaltando como mecanismos de financiamento incorporaram critérios ambientais ao longo dos anos. Ele destacou o Caminho Verde Brasil como uma iniciativa que inaugura uma nova fase, baseada em modelos de blended finance, combinando recursos públicos e privados para reduzir riscos e estimular investimentos em cadeias produtivas sustentáveis.

Segundo o representante do Mapa, essa abordagem integra o Eco Invest como mecanismo estruturante para mitigar a percepção de risco e fortalecer a confiança dos investidores interessados em projetos de agricultura de baixa emissão. O debate também abordou a importância de uma taxonomia sustentável clara e a adoção de critérios robustos de monitoramento e verificação, considerados essenciais para a integridade dos resultados ambientais e a segurança do mercado.

Rangel avalia que o Brasil reúne condições vantajosas para liderar soluções de financiamento climático para a agricultura, aliando biodiversidade, capacidade produtiva e instrumentos inovadores de política pública. “O setor financeiro e o setor produtivo já estão movendo essa agenda. O nosso desafio é conectar esses esforços e criar segurança para que o investimento sustentável ganhe escala e chegue ao produtor rural”, afirmou.

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Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária