Frete agrícola cai em MS com o fim da colheita do milho segunda safra

Foto: Wenderson Araújo, Trilux

De acordo com o Boletim Logístico da Conab, a menor demanda por caminhões reduziu os preços cobrados para o transporte até os portos e centros de exportação.

O mercado de fretes agrícolas em Mato Grosso do Sul teve queda em setembro, acompanhando o fim da colheita do milho segunda safra. De acordo com o Boletim Logístico da Conab, a menor demanda por caminhões reduziu os preços cobrados para o transporte até os portos e centros de exportação.

Os valores médios de frete recuaram em praticamente todas as rotas principais. Em Chapadão do Sul, por exemplo, o transporte até Paranaguá (PR) caiu 23%, passando de R$ 300 para R$ 230 por tonelada. Em Dourados, o envio para o mesmo porto ficou 17% mais barato, enquanto em São Gabriel do Oeste a queda chegou a 24%.

O arrefecimento do mercado é reflexo direto da safra. “Com o encerramento da colheita do milho segunda safra, a partir da segunda quinzena do mês houve o gradativo arrefecimento da demanda por caminhões”, aponta o boletim. A menor oferta de grãos e a redução dos estoques de soja também contribuíram para a retração.

Mesmo com a baixa nas exportações, o transporte interno seguiu ativo, absorvendo parte da frota disponível. Foram movimentadas cerca de 190 mil toneladas de soja e 372 mil toneladas de milho em setembro, volumes bem menores que os de agosto, quando ultrapassaram 870 mil toneladas somadas.

As principais rotas de exportação usadas por transportadores sul-mato-grossenses foram os portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC), Santos (SP) e Rio Grande (RS).

Na participação nacional, Mato Grosso do Sul respondeu por 4,9% das exportações brasileiras de milho e 2,5% das de soja no período analisado, confirmando a relevância do estado no escoamento do agronegócio.

No cenário nacional, entre os principais pontos do boletim da Conab estão a queda generalizada de fretes em até 25% em setembro, além da redução expressiva no volume exportado de soja e milho.

O boletim aponta ainda a manutenção da movimentação interna, apesar da menor demanda externa. A expectativa, segundo a Conab, é que os valores voltem a subir gradualmente com o início do plantio da nova safra e o aumento da procura por insumos e transporte no campo.

Fonte: Midiamax