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quarta-feira, 17 de abril, 2024
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Funsat em parceria com a Semu colocou mais de 75 mulheres vítimas de violência doméstica, no mercado de trabalho


A Prefeitura Municipal de Campo Grande através da Fundação Social do Trabalho (FUNSAT) e da Semu (Subsecretaria Municipal de Políticas para as Mulheres), uniram forças para um conjunto de ações a fim de atender e encaminhar ao mercado de trabalho, mulheres vítimas de violência atendidas pela CMB (Casa da Mulher Brasileira).

Em um ano de parceria mais de 350 mulheres foram atendidas pela Funsat na CMB, 181 encaminhadas para o mercado de trabalho e 78 colocadas. 56 delas no Programa de Inclusão Profissional (Proinc) e 22 no mercado formal de trabalho. O objetivo desta parceria consiste em atender essas pessoas em caráter de urgência, tendo conhecimento de que a situação requer meios que possibilitem autonomia e independência emocional e financeira para essas mulheres.

O Diretor Presidente da Funsat Luciano Martins, explica que todos os envolvidos nessa parceria estão na verdade resgatando a dignidade humana. “Quando o poder público se apresenta e estende a mão, sem sombra de dúvidas o resultado não poderia ser outro, mulheres que voltaram a sorrir, que hoje vislumbram um futuro de emprego e de renda, que possam sustentar seus filhos, sobretudo com a dignidade de uma pessoa que exerce de maneira plena a sua cidadania como uma pessoa livre que pode escolher seu caminho, sendo apoiada em todos os âmbitos”. Comenta Luciano.

Exemplo disso é a história de superação da Andressa Paula de Andrade, ela foi acolhida na CMB e hoje está trabalhado através da parceria entre a Funsat e Semu, mãe de quatro filhos, Andressa conta que nunca imaginou que seria tão bem recebida, já que antes era proibida até mesmo de trabalhar, e hoje teve sua dignidade devolvida, em apenas 14 dias, sua vida mudou. “Eu cheguei na CMB em depressão, síndrome do pânico, doente mesmo, não via solução, ainda mais com quatro crianças para cuidar. Mas hoje me sinto outra pessoa, fui encaminhada para o trabalho através do Proinc, tem dois meses que estou trabalhando. Agora tenho uma liberdade financeira, lá CMB, eu passei no psiquiatra, psicólogo, assistente social, até com remédios me ajudaram, em 14 dias eu já estava outra pessoa, pronta para recomeçar. A ajuda da Funsat e Semu foram fundamentais para essa mudança na minha vida”. Diz Andressa, emocionada.

Por meio das Coordenadorias de Intermediação de Emprego, Qualificação Profissional, Serviço Social e Proinc (Programa de Inclusão Profissional) a Funsat realiza um atendimento diferenciado e prioritário com entrevista qualificada e orientações pertinentes aos requisitos atualmente exigidos pelo mercado formal de trabalho. Essas mulheres são acolhidas pela equipe de Serviço Social, que realiza entrevista individual com objetivo de avaliar o perfil sócio econômico e curricular delas. Em seguida recebem orientações referentes à postura profissional, ética e a importância e necessidade da qualificação continuada.

De acordo com a Subsecretaria Municipal de Políticas para a Mulher Carla Stephanini, a Funsat contribui consideravelmente para a autonomia econômica das mulheres, especialmente com aquelas que são vítimas de violência doméstica e familiar atendidas pela Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande. “Essa parceria oportuniza tanto a inserção em programa próprio de inclusão, quanto no encaminhamento para o mercado de trabalho promovendo a qualificação e empregabilidade. O trabalho e a geração de renda são fundamentais para estas mulheres se reestruturarem, recuperarem a autoestima e proverem com dignidade suas famílias”. Finaliza Carla.

A Funsat através do Proinc disponibiliza vagas mensalmente para que essas mulheres que se encontraram em situação de vulnerabilidade tenham liberdade financeira. A inserção no Programa vai proporciona disponibilidade de tempo para buscarem com segurança e tranquilidade, um emprego formal.

Proinc

O Programa de Inclusão Profissional visa proporcionar ocupação, qualificação profissional e bolsa-auxílio para cidadãos que tenham de 18 a 70 anos, desempregados há pelo menos seis meses, sem carteira assinada e com renda bruta familiar de até um salário mínimo e meio, proporcionando oportunidade, geração de renda e inserção no mercado de trabalho.

Os trabalhadores do Proinc recebem um salário mínimo, vale-transporte, alimentação e cesta básica. É garantido um seguro de vida correspondente a 25 vezes o valor do salário mínimo para os casos de morte e até 50 vezes, em caso de invalidez e morte acidental. A Prefeitura também concede isenção de taxa de inscrições nos concursos realizados pela Prefeitura.