
Para apoiar a transição e a dupla carreira esportiva, o Ministério do Esporte (MEsp) lançou, em 23 de setembro de 2025, o Programa Transição de Carreira, no âmbito do Programa Excelência para a Vida. A iniciativa responde aos desafios enfrentados por atletas de alto rendimento no Brasil, especialmente no período que antecede e sucede o encerramento da carreira esportiva.
A ausência de planejamento para a vida após o esporte impacta diretamente a qualidade de vida de muitos atletas, com reflexos nas dimensões financeira, profissional, social e psicológica. Em modalidades nas quais a trajetória esportiva se encerra precocemente, essa realidade se torna ainda mais evidente, o que pode amplicar situações de vulnerabilidade e dificuldades de inserção em novos contextos profissionais.
O ministro do Esporte, André Fufuca, destacou que o programa foi estruturado para tratar o esporte de alto rendimento de forma integrada às demais dimensões da vida do atleta. Segundo ele, a proposta parte do reconhecimento de que a formação esportiva também é trabalho e exige políticas públicas que dialoguem com educação, emprego e planejamento de futuro.
“Para mim, o primeiro ponto é ter a visão de que a educação esportiva também é um trabalho. O segundo é o eixo do trabalho, que precisa dialogar com a família e com outras políticas, como as do Ministério do Trabalho. O terceiro ponto, que considero principal, é o pós esporte. Existem modalidades em que a carreira se encerra muito cedo, como a ginástica”, afirmou o ministro.
“Para mim, o primeiro ponto é ter a visão de que a educação esportiva também é um trabalho. Existem modalidades em que a carreira se encerra muito cedo, como a ginástica.”
André Fufuca, ministro do Esporte
Educação, trabalho e transição
Organizado em três eixos (esporte e educação, esporte e trabalho e transição e planejamento de carreira esportiva) o programa atua de forma articulada por meio de cooperação intergovernamental, interministerial e interinstitucional. As ações são coordenadas pelo Ministério do Esporte, em parceria com instituições de ensino, organizações esportivas, setor produtivo, organizações da sociedade civil, pós atletas, mentores e plataformas digitais.
A experiência do campeão olímpico Arthur Zanetti reforça a importância da preparação para a vida depois das competições. Medalhista de ouro nas argolas nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, ele relatou o desafio de conciliar treinos e estudos e a importância dessa escolha para o futuro profissional.
“O atleta precisa se preparar para a vida. Não é fácil treinar, mas é preciso pensar no pós carreira, porque ele vai chegar. Eu me preparei, fui para a faculdade e me formei em Educação Física. Me formei em 2016, no ano da medalha olímpica. Hoje vejo que estou colhendo os frutos desse trabalho e da preparação para depois do esporte”, afirmou Zanetti.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte
Fonte: Ministério do Esporte

