
O secretário Nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Dino Antunes, defendeu, em audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, o papel das hidrovias para o desenvolvimento sustentável, descarbonização e eficiência no transporte e na logística do País.
Em debate, proposto pelo deputado Leônidas Cristino para discutir a situação do setor hidroviário nacional, o secretário lembrou que o tema é prioritário para o MPor, tanto que foi criada, em abril do ano passado, uma secretaria específica para tratar do assunto na estrutura do ministério. “O principal projeto que temos dentro da Secretaria Nacional de Hidrovias, é exatamente esse, de fazer concessões e parcerias com a iniciativa privada, para a gestão de algumas dessas hidrovias”, afirmou.
Segundo o secretário, a partir de um planejamento técnico, existe a possibilidade efetiva de exploração econômica das hidrovias, com alocação eficiente de recursos e menor impacto ambiental. “Temos hoje cinco projetos em estudos, pelo ministério em parceria com a Antaq, com a Infra SA e com o BNDES. Então esse é o nosso carro-chefe”, afirmou.
Entre projetos em estudo, estão as hidrovias do Rio Paraguai, Madeira, Lagoa Mirim, Tocantins e Tapajós. Dino explicou que existem no país 20 mil quilômetros de hidrovias navegados e, deste total, 5 mil quilômetros teriam potencial de parceria com a iniciativa privada.
Adicionalmente, o MPor trabalha com outros projetos, como a Nova Hidrovia do São Francisco, anunciada pelo ministro do MPor, Silvio Costa Filho, em cerimônia na semana passada, em Petrolina. Com 1.371 quilômetros de extensão navegáveis – de Pirapora, Minas Gerais (MG), a Juazeiro, Bahia (BA), e Petrolina, Pernambuco (PE) –, a hidrovia vai permitir o transporte de cargas do Centro-Sul ao Nordeste do país, de forma mais econômica e sustentável.
A projeção é de que, já no primeiro ano da retomada da navegação comercial, a movimentação de cargas pelo Rio São Francisco alcance 5 milhões de toneladas. O projeto também prevê integração com outros modais, como ferrovias e rodovias.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
Fonte: Portos e Aeroportos