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Internos de Ponta Porã são profissionalizados para atuarem como pintor de obras

29/10/2015 16h20

O curso tem carga horária total de 120 horas/aula, com duração de aproximadamente dois meses

Divulgação (AGEPEN)

Internos da Unidade Penal “Ricardo Brandão”, (UPRB), em Ponta Porã, estão sendo profissionalizados através do curso “Pintor de Obras”, oferecido por meio de parceria entre a Agência estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

No total, 20 recuperandos estão sendo qualificados; eles foram selecionados pelo Setor de Educação e pela chefia da unidade prisional. Um dos critérios para a escolha dos participantes foi o bom comportamento.

O curso tem carga horária total de 120 horas/aula, com duração de aproximadamente dois meses. “Ainda estamos na parte da teoria, pois é necessário que eles tenham uma boa base para ir para a prática, o que deve ocorrer por volta do dia 12 do mês que vem, conforme a nossa programação”, informa a coordenadora do Senai, Francielle Cariny de Oliveira.

De acordo com a coordenadora, além do conhecimento específico na área de pintura predial, os alunos também recebem noções sobre educação ambiental, empreendedorismo, legislação trabalhista, segurança no trabalho e tecnologia da informação e comunicação.

“O curso ofertado pelo Senai é uma ferramenta positiva na ressocialização, já que abre um caminho profissional para os internos quando retornarem ao convívio social”, destaca o diretor do presídio, Rodrigo Borges. Segundo ele, a capacitação, aliada à educação e ao trabalho, tem sido as principais apostas na unidade prisional no sentido de estimular a não-reincidência criminal.

O custodiado Miguel Marques da Silva, 50 anos, é um dos que estão se profissionalizando e, a exemplo do que acredita o diretor, garante que vê na capacitação uma grande oportunidade para ter um trabalho digno quando conquistar a liberdade. “Não pude fazer um curso dessa qualidade fora do sistema prisional. Espero que quando terminar a minha pena, eu possa trabalhar na área em que estou me qualificando hoje”, afirma. “Sei que a sociedade terá um certo receio pela minha passagem na prisão, mas com essa qualificação penso terei mais chances”, completa.

O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, reforça que o oferecimento de cursos que capacitam os internos para o mercado de trabalho, como no caso do presídio masculino de Ponta Porã, é uma realidade nas unidades prisionais da Agepen, graças ao empenho dos servidores, bem como as muitas parcerias firmadas. “Buscamos oferecer qualificação principalmente em áreas com maior demanda profissional, como a construção civil, beleza e informática”, informa.

foto: Divulgação