Neste exato momento, o Hemisfério Sul experimentará seu solstício de inverno, enquanto o Hemisfério Norte terá seu solstício de verão.
Este ano, o inverno começa oficialmente na quinta-feira (20), às 22h42 (horário de MS). Neste exato momento, o Hemisfério Sul terá seu solstício de inverno, enquanto o Hemisfério Norte terá o solstício de verão. Este importante evento astronômico marca a mudança das estações e afeta diretamente a duração dos dias e das noites.
A chegada do inverno influencia diretamente a duração da luz do dia e da escuridão. Próximo aos equinócios, o dia e a noite têm praticamente a mesma duração. Após o equinócio de outono, os dias encurtam gradualmente, culminando no solstício de inverno, que traz a noite mais longa do ano. Em seguida, os dias começam a se alongar novamente, caminhando para um novo equilíbrio no equinócio de primavera e continuando a crescer até a noite mais curta do ano no solstício de verão.
“Esse fenômeno é mais acentuado quanto mais afastado do equador terrestre o observador se encontra”, esclarece a Dra. Josina. “Quem está perto do equador terrestre, não percebe diferença no comprimento dos dias. Contudo, quanto maior a latitude, mais se percebe essa diferença, chegando ao máximo nos polos, onde o sol não nasce no inverno e não se põe no verão.”
Atualmente, o inverno começa em 20 ou 21 de junho. Em contraste, entre os anos 1950 e 2000, ele geralmente ocorria em 21 ou 22 de junho. Essa pequena variação se deve à precessão dos equinócios, que desloca os pontos dos equinócios em relação às estrelas.
A diferença nas datas (atualmente 20 ou 21 de junho) também está ligada à disparidade entre o ano civil e o ano trópico. Enquanto um ano civil tem 365 ou 366 dias (ano bissexto), um ano trópico (o tempo entre dois solstícios ou equinócios consecutivos) é de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Os anos bissextos ajudam a ajustar essa defasagem de quase seis horas que se acumula anualmente.

O que é o Solstício
Astrônomos antigos notaram um padrão: à medida que o Sol se movia pelo céu a cada dia, sua posição ao meio-dia mudava gradualmente até atingir um ponto extremo onde parecia “parar” por um curto período. Essa aparente paralisação acontece duas vezes por ano – uma vez para o solstício de verão e outra para o solstício de inverno.
Como explica a Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, “as estações do ano acontecem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e também devido à sua translação em torno do Sol. O início das estações do ano está associado aos solstícios (inverno e verão) e aos equinócios (outono e primavera).”
A Dra. Josina destaca uma maneira interessante de observar esse fenômeno do “sol parado”: prestando atenção onde o Sol nasce e se põe diariamente. Durante os equinócios, o Sol nasce exatamente no ponto cardeal leste e se põe precisamente no oeste. Após um equinócio, os pontos de nascer e pôr do Sol se afastam gradualmente do leste e oeste verdadeiros. Nos solstícios, o Sol atinge seu afastamento máximo desses pontos cardeais antes de aparentemente “voltar”, nascendo e se pondo progressivamente mais perto do leste e oeste novamente.
Nota de Segurança Importante: Jamais olhe diretamente para o Sol, pois isso pode causar danos graves e permanentes à visão. Para observá-lo com segurança, você deve usar filtros solares especializados, telescópios apropriados ou empregar técnicas de observação indireta. [Com informações do Observatório Nacional]
Fonte: Midiamax