21 C
Ponta Porã
sexta-feira, 29 de março, 2024
InícioJoão NatalicioLeia: Informe JN

Leia: Informe JN

Jornal de Notícias

INFORME JN

ELEIÇÕES MORNAS

* Não sei se é somente aqui em Ponta Porã que essas eleições municipais não estão empolgando a população e nem os próprios políticos locais, com raríssimas exceções. Por incrível que pareça a maior discussão em torno das convenções partidárias foi travada no DEM para a escolha do vice do prefeito Hélio Peluffo. Os outros candidatos a prefeito até na véspera do prazo final para a realização de convenções ainda não tinham o nome do vice. O que se viu foram muitos blefes e desinformação. Tomara que a campanha eleitoral tome novos rumos e possa despertar o interesse dos eleitores.

* Na verdade Ponta Porã não vive um bom momento político. Não temos representatividade de expressão fora da fronteira. Um exemplo: Dourados conta com 5 deputados estaduais, 1 deputado federal e o vice-governador do Estado. E Ponta Porã, o que tem? Um grande esforço do prefeito Hélio Peluffo e do seu vice Caio Augusto para trazer para Ponta Porã as migalhas daquilo que sobra de Dourados e de outros municípios.

O QUE FALTA?

* Falta conscientização do eleitorado local para só votar em candidatos de Ponta Porã nas eleições de 2022 para deputado estadual e federal. O eleitor do município e da região têm que ser alertado que cada voto que ele dá a um candidato de fora está tirando a chance de um representante de Ponta Porã se eleger e poder defender os interesses da fronteira na Assembleia Legislativa junto ao Governo do Estado e na Câmara dos Deputados em Brasília.

* Na atual legislatura, por exemplo, há deputados de outras regiões do Estado que foram eleitos com a soma dos votos recebidos em nosso município, mas Ponta Porã não elegeu ninguém porque foi traída pelos eleitores e lideranças políticas locais. No pleito eleitoral de 2022, seguramente, Ponta Porã dispõe de três a quatro nomes com plenas condições de se eleger deputado estadual se o município fechar com eles. Não custa nada a gente tentar essa possibilidade pelo bem da cidade e da região.

ANTIGAMENTE

* Ponta Porã tem um passado importante nessa área política que pode servir de exemplo para os políticos fronteiriços de hoje. Era o tempo da velha UDN, PTB e PSD comandados por políticos experientes como a família Derzi (Rachid, Paulo Saldanha Derzi e Flávio Derzi), Hélio Peluffo, Coraldino Sanches, Cota Marques, Altair Brandão, Agápito Boeira e outros que ao longo dos anos eram ferrenhos adversários políticos, mas na hora de dividir os votos no período eleitoral eles só pensavam em Ponta Porã e candidatos de fora aqui na fronteira não tinham vez.

* Resultado: Ponta Porã sempre se projetou politicamente a nível estadual no tempo de Mato Grosso uno com a capital em Cuiabá, sempre elegendo seus representantes e mantendo influência nas decisões do governo. Quando Paulo Saldanha Derzi elegeu-se deputado estadual chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa e alguns anos antes o Rachidão (Rachid Saldanha Derzi) foi candidato a governador perdendo para o cuiabano João Ponce de Arruda (PSD) por pequena diferença.

MESMA HISTÓRIA

* Na década de 80, o jovem Gandi Jamil elegeu-se deputado federal constituinte e logo depois, com a divisão do Estado, o filho de Ponta Porã recebendo expressiva votação, elegeu-se deputado estadual e naquela legislatura assumiu a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

* Trata-se de uma história resumida de um passado político distante e mais recente para ilustrar a tese que defendemos de que o eleitorado inteligente de Ponta Porã tem que votar em candidatos da terra, o mesmo acontecendo com os líderes políticos locais que apoiam e pedem votos para candidatos de outras regiões. Lembrando que Ponta Porã, numa mesma eleição, chegou a eleger três deputados estaduais, um federal e um senador da República. Na eleição de 2022 Ponta Porã tem plenas condições de eleger pelo menos 2 deputados estadual e 1 federal. É só colocar a fronteira em primeiro lugar durante a campanha eleitoral. Pensem nisso!

J. N. Oliveira

[email protected]