Lideranças da Saúde de 5 países reforçam capacidade de resposta a surtos em treinamento no Ceará

Foto: divulgação/MS

O Brasil sediou, de segunda (8) a sexta-feira (12), a 6ª edição global do Programa de Treinamento de Liderança em Resposta a Surtos (GOARN – TIER 3). O encontro, promovido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e a Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos (GOARN), foi realizado em Fortaleza (CE) e reuniu 21 profissionais de 10 organizações e cinco países da América Latina e Caribe, com o objetivo de aprimorar as competências de liderança necessárias para gerenciar emergências de saúde pública de alta complexidade.

A imersão contou com o apoio logístico e técnico da Fundação Oswaldo Cruz do Ceará (Fiocruz/CE), do Instituto Todos Pela Saúde (ITpS) e foi co-ministrada pelo Centro de Política de Segurança de Genebra. Profissionais de Belize, El Salvador, Paraguai, Peru, Equador e Brasil participaram e, tiveram como centro do debate, o desenvolvimento de habilidades para uma atuação estratégica, confiável e influente em cenários que exigem rápida tomada de decisão – uma lição aprendida e reforçada pela recente pandemia de covid-19.

Durante os cinco dias, os participantes aprofundaram práticas de liderança em um ambiente de aprendizagem colaborativa. Os temas abordados incluíram ampliação da consciência situacional, gestão de tensões, coordenação eficaz entre múltiplos atores e a importância da inclusão, diversidade e colaboração estratégica para a construção de relações de confiança. A iniciativa, importante para fortalecer a segurança sanitária, foi organizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), por meio do Departamento de Emergências de Saúde Pública (DEMSP).

Os profissionais treinados estarão mais bem preparados para liderar respostas a emergências de saúde, incluindo o fortalecimento da comunicação e da construção de confiança na gestão intersetorial de riscos. Os resultados de aprendizagem incluem a aplicação da liderança como função estratégica e prática coletiva, o emprego de estratégias avançadas de engajamento e a capacidade de analisar cenários complexos para tomar decisões fundamentadas.

O Diretor de Emergências em Saúde Pública do Brasil, Edenilo Barreira, destacou a relevância da iniciativa. “Esse treinamento é fundamental para que o Brasil e a região estejam mais bem preparados diante de futuras emergências. Nosso compromisso é continuar oferecendo programas de capacitação, por meio do Centro Colaborador para Preparação para Emergências em Saúde Pública, que aumentem a segurança sanitária regional nos próximos anos, de forma que nenhum país, ninguém seja deixado para trás diante de uma emergência”, declarou.

A formação de lideranças capacitadas, o fortalecimento de redes colaborativas em saúde pública e a promoção de práticas alinhadas aos princípios da diversidade e equidade representam os principais benefícios institucionais da iniciativa para os países participantes

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde