Luzes no céu intrigam moradores de MS

Reprodução

Os feixes de luz foram vistos na Capital e em outras cidades de Mato Grosso do Sul.

Campo Grande registrou luzes no céu na noite desta sexta-feira (20). O fato foi filmado por moradores de vários bairros da Capital. Os feixes de luz também foram vistos em outras cidades de Mato Grosso do Sul. “Pela aparência de vários destroços entrando juntos e próximos sugere ser uma reentrada de algum objeto metálico, como um lixo espacial ou algo do tipo, se fosse um meteoro natural não duraria tanto tempo, e, se de despedaçar, ainda mais. Por demorar para cair, sugere que está sobrevoando, se for um lixo espacial entrando, entrou com ângulo bem baixo, levando a ter menor profundidade a cada avanço do que teria se tivesse entrado com um ângulo grande. Pois cairia mais a medida que andasse e, isso faria encontrar camadas da atmosfera, cada vez mais densas causando mais atrito. Se estivéssemos com uma atmosfera mais limpa do sereno, poderíamos ver melhor a cor do material queimando no atrito, daí poderia se fazer uma estimativa do tipo de matéria que compõe o objeto incinerado”, disse o físico e conselheiro do Clube de Astronomia Carls Sagan da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Thiago Valério.

De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), lixos espaciais são objetos criados pelos humanos que se encontram em órbita ao redor do planeta, sem função útil, como por exemplo, diversas partes e dejetos de naves espaciais deixados para trás após seu lançamento.

Podem ser peças pequenas, como ferramentas e luvas, como por exemplo, de uma perdida por Neil Armstrong na missão Gemini VIII em 1966, ou estágios de foguetes e satélites desativados que congestionam o espaço em volta da Terra. Destes, o Instituto usa como exemplo, os antigos satélites soviéticos RORSAT. Tais objetos podem causar risco de acidentes graves, tanto em órbita (pelo risco de possíveis colisões), quanto numa possível reentrada de tais detritos na atmosfera terrestre. Os detritos espaciais tornaram-se uma crescente preocupação nos últimos anos pelo fato de que colisões na velocidade orbital podem ser altamente danosas ao funcionamento de satélites, pondo também em risco astronautas em atividades extraveiculares.

Fonte: Midiamax