Mapeamento inédito do turismo em comunidades indígenas é apresentado na Aldeia COP

Aldeia COP foi palco da apresentação de mapeamento inédito do turismo em comunidades indígenas no Brasil. Crédito: Lucas Myriel/MTur

O Ministério do Turismo apresentou nessa terça-feira (18.11) na Aldeia COP – espaço da Conferência Mundial do Clima de 2025, em Belém (PA), que une grupos e etnias para discutir questões ambientais, culturais e climáticas – o Mapeamento do Turismo em Comunidades Indígenas no Brasil. Inédito, o estudo foi elaborado em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Acesse AQUI o mapeamento.

O diagnóstico reúne informações estratégicas sobre 146 iniciativas de turismo desenvolvidas por 93 etnias de todas as regiões do país, oferecendo uma visão ampla e atualizada do etnoturismo brasileiro e orientando políticas públicas voltadas ao fortalecimento da atividade nos territórios indígenas. Na abertura do evento, a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, destacou o caráter simbólico e estratégico do documento.

“Esse estudo nasce de uma visão de território, comunidade e regionalização e reforça o compromisso do Governo do Brasil com um turismo que valoriza a ancestralidade indígena. Apresentar esse material na Aldeia COP reafirma a importância de construir políticas públicas ao lado de quem protagoniza o turismo nos territórios. O turismo responsável é uma ferramenta fundamental para fortalecer a autonomia dos povos originários”, declarou Ana Carla.

Também presente, o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, frisou que o mapeamento representa uma mudança significativa na forma como o Estado brasileiro trata a pauta indígena. Ele afirmou que o turismo indígena é uma ferramenta de autonomia, geração de renda e de fortalecimento cultural, apontando que cabe ao poder público apoiar as atividades que os povos destes territórios desejarem desenvolver.

O encontro reuniu contou ainda com a presença do diretor da ONU Turismo para as Américas, Heitor Kadri, que elogiou o Brasil por apresentar um diagnóstico tão amplo e detalhado sobre o tema. Kadri acrescentou que a entidade internacional está ampliando sua atuação no país, considerado referência na construção de políticas de turismo alinhadas à diversidade, à proteção dos territórios e à valorização das culturas originárias.

METODOLOGIA – A metodologia do levantamento foi apresentada por Bruno Máximo, arqueólogo do Ministério do Turismo. Ele explicou que a construção do mapeamento envolveu consultas a organizações indígenas, instâncias regionais da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), à Funai e a órgãos estaduais e municipais de turismo, além de pesquisas acadêmicas e de um formulário digital preenchido pelas próprias comunidades.

A coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do Ministério do Turismo, Carolina Fávero, afirmou que o mapeamento inaugura uma nova etapa na área, ao permitir uma atuação mais precisa e efetiva na formulação de políticas públicas. Ela enfatizou que o órgão já desenvolve projetos-piloto em diferentes estados, apoiando comunidades nos diversos estágios de organização turística, o que tem contribuído para a construção de metodologias específicas e para fortalecer iniciativas lideradas pelos próprios povos.

Por Cíntia Luna

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Fonte: Ministério do Turismo