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sexta-feira, 29 de março, 2024
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Marcos não é “profissa”, mas pega “peixão” de quase 2 metros e 70

No esquema do pesque e solte, toda semana o douradense faz prática da pescaria esportiva e só fisga peixe grande – “é sorte”, diz.

Questão de um mês atrás, Antônio Marcos da Silva Oliveira “laçou” o maior peixe de sua carreira enquanto pescador “de fim de semana”. O peixe não era boi, mas media 1,78 metro e pesava mais de 70 quilos. Nada mais do que um baita de um pintado. Na esportiva, o pescou e devolveu nas águas do rio Dourados.

“É preciso conhecimento, prática, muita paciência e determinação. Claro que um pouco de sorte sempre cai bem”.

Veja o momento em que o pintado foi capturado por Marcos:

Registro da comemoração de Marcos, assim que libertou o peixe na água (Foto: Arquivo Pessoal)
Registro da comemoração de Marcos, assim que libertou o peixe na água (Foto: Arquivo Pessoal).
Depois da pescaria: vara quebrada, linha rompida e corte na mão – "valeu a pena" (Foto: Arquivo Pessoal)
Depois da pescaria: vara quebrada, linha rompida e corte na mão – “valeu a pena” (Foto: Arquivo Pessoal).

Lágrimas, gritos e muita emoção. A imagem por trás da captura do “peixão”, conforme Marcos relata, mostrou uma mistura de sentimentos. “O peixe puxando a linha, a sensação de perdê-lo… é o maior frenesi. Esse pintado com certeza pesava facilmente uns 70 quilos sozinho. Foi difícil levantá-lo, ainda mais que não podemos macucá-lo, mas deu certo”.

Quando criança morando em sítio no interior do Estado, via o avô Seu Manoel e o pai Ruberval pescarem uma boa peixada para o almoço. Mas a pescaria só voltou para a vida de Marcos há 6 anos, quando o tio Antonio o convidou a subir uma embarcação e sair pelas águas de rio.

“A paixão veio tão fulminante que na outra semana já parcelei em muitas vezes um conjunto de barco a motor para iniciar minhas atividades finalmente aprender a arte da pesca”.

“A sensação do peixe na ponta da linha é algo que se leva pra vida toda, com certeza”.

Não havia sido a primeira vez que Marcos capturou um peixão "dos grandes" (Foto: Arquivo Pessoal)
Não havia sido a primeira vez que Marcos capturou um peixão “dos grandes” (Foto: Arquivo Pessoal).

Desde então, o publicitário de formação e pescador de coração percorre semanalmente em busca de “lançar” um gigante cada vez maior para quebrar seu recorde anterior – sempre devolvendo o animal aquático para a liberdade ao final.

“Me empenho pela consciência da pesca esportiva que, além de garantir a proteção das espécies, fomenta tantos pólos econômicos e turísticos em nosso Estado. E o prazer de devolver um peixe ao rio é muito maior do que ter ele congelado em seu freezer”, garante.

Para ele, o sucesso de uma pescaria não só a busca incansável por um bom peixe, mas toda a trajetória da viagem, as amizades feitas no caminho e parceria entre pescadores. Pela pescaria, conforme opina, aprendeu a ser mais respeitoso, solidário e paciente.

“E o mais importante de tudo: não importa o barco mais veloz, a tralha de pesca mais cara. Isso não te fará o melhor pescador do rio. O que vale mesmo é ter amigos para se pescar”.

Aqui, Marcos com um amigo de pescaria (Foto: Arquivo Pessoal)
Aqui, Marcos com um amigo de pescaria (Foto: Arquivo Pessoal).
Para ele, pescaria é sinônimo de um bom tempo para se passar entre amigos (Foto: Arquivo Pessoal)
Para ele, pescaria é sinônimo de um bom tempo para se passar entre amigos (Foto: Arquivo Pessoal).

Gigantes Rio Dourados – Marcos organiza um evento voltado justamente à preservação das espécies naturais do rio, onde os competidores medem o que pescaram na régua oficial, concorrendo à prêmios.

Nosso Estado é farto em tantas outras coisas, por que não fomentar isso e crescer em turismo de pesca?”, questiona.

“Posso dizer que já capturamos e catalogamos mais de 500 peixes de grande porte, todos eles devolvidos pra água. O legal é que não é só os homens que participam da pescaria, mas teve até mulheres envolvidas, uma delas campeã da categoria piracanjuba”.

Fonte: Campo Grande News.